“O e-commerce tornou as empresas mais ágeis”, afirma CEO da Cybelar

“Quanto mais tempo, mais jovem a gente tem que ficar”. Foi com essa frase que Ubirajara Pasquotto, CEO da Cybelar, deu início a sua participação em edição inédita do Mercado&Consumo em Alerta, realizada na manhã desta quarta-feira (22). Ao lado de Carmen Ferrão, superintendente do Grupo Lins Ferrão (Lojas Pompéia e Gang) e Jorge Gonçalves Filho, diretor de Expansão e Novos Negócios da Telhanorte Tumelero, o executivo falou sobre o atual momento que o país enfrenta e como a rede varejista de móveis e eletrodomésticos tem enfrentado os desafios diante da crise.

Pasquotto reforçou a importância, tida como uma das essências do varejo, no olho no olho e no abraço ao consumidor. Para ele, no período pós-pandemia, será necessário entender como lidar com os clientes, fornecedores e parceiros de forma mais leve e simples. “Em um ambiente pesado como o presente no mundo, pensar simples, pensar de forma humanizada, pensar leve, pensar em como aproximar todos os envolvidos de um negócio, são ativos que operações de outros polos brasileiros ensinam para os grandes centros do sudeste”.

O executivo destacou também a relevância dos dados ao dizer que eles (os dados) “nos dão informações transformadoras para melhorarmos constantemente os nossos negócios”. Durante o bate-papo Ubirajara disse que “o matemático voltou a ter a importância que sempre deveria ter tido”, e agora, mais do que nunca, essa premissa se faz presente.

O setor de móveis e eletrodomésticos, segundo o CEO da Cybelar, não foi fichado como essencial, neste caso a empresa precisou acelerar todo seu processo de transformação no e-commerce e focar neste ativo. “O e-commerce faz com que sejamos mais ágeis e ele tomou o protagonismo dentro da nossa empresa. De março pra cá, esse protagonismo foi muito maior do que imaginávamos e a área que mais cresceu e trabalhou neste período”, e completou revelando que a experiência do ponto de venda conectado com o e-commerce foi um desafio. “Não temos a disponibilidade no online que gostaríamos de ter como temos no ponto físico”, lamentou.

Ainda sobre e-commerce, Pasquoto contou que o principal desafio é a logística. Ele explicou que a Cybelar é uma empresa de “varejo de loja de caixa grande” e isso obriga com que a logística seja fundamental neste processo. “Trabalhamos incansavelmente sete dias por semana, 24 horas por dia para atender todos os pedidos realizados em nossa loja virtual, pois entendemos que o cliente, que confia na nossa marca, queria ser atendido no prazo”, disse.

Questionado sobre os novos formatos de lojas, o executivo afirmou que “eles vieram para ficar”. Segundo ele, essa era uma discussão que já estava na pauta da empresa antes da pandemia. Para ele, é muito melhor estar próximo do cliente com lojas menores e mix que atendam a necessidade daquele local do que ter lojas maiores, porém afastadas do público. “Essa modificação dos espaços de disponibilidade para o novo consumidor deve ser incorporada. Acredito que será preciso mais profusão de ponto de encontro e mais disponibilidade de poder estar próximos do consumidor”, comentou.

Por último, Ubiraja chamou a atenção para o termo “isolamento social”. “Eu diria que estamos em confinamento físico, mas não isolamento social. Este momento nós oferece a oportunidade e o privilégio da maior aglomeração social que o mundo já viveu”, disse ao se referir no contato digital que as pessoas estão fazendo durante a pandemia.

* Imagem divulgação

Redação

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