O apagão que afetou o Brasil na terça-feira, 15, provocou queda de 4,8% do faturamento do varejo, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O blecaute atingiu todas as unidades da federação, com exceção de Roraima.
A análise considerou o intervalo entre 8h30 e 15h, período afetado pela falta de energia, e comparou com o mesmo horário do dia 16 de agosto de 2022, também uma terça-feira. Ao considerar todo o dia 15, a queda foi de 1,9%.
As regiões mais afetadas foram as do Norte e Nordeste. No Pará, por exemplo, o varejo encolheu 45,3%; no Maranhão, 40,8%. Na Bahia e no Ceará, as quedas nas vendas foram de 29,5% e 29,3%, respectivamente. Levando-se em conta todo o dia 15, o varejo sofreu baixa de 47,8% no Pará, 21,1% no Ceará, 12,9% no Maranhão e 10,6% na Bahia.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o comércio também sentiu os efeitos do apagão, mas em menor grau que em estados do Norte e Nordeste. Em São Paulo a retração das vendas foi de 2,8% entre 8h30 e 15h e de 1,9% ao longo do dia. Já no Rio de Janeiro, o varejo registrou queda de 0,5% no período de falta de energia, e 0,6% durante o dia.
“A diferença de performance entre os estados está diretamente associada ao tempo sem abastecimento de energia. Por isso, vemos os comércios de unidades da federação do Norte e Nordeste com resultados mais negativos, enquanto as vendas em estados do Sul e Sudeste, por exemplo, sofreram menos o impacto do apagão”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo.
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