Foi o que apurou o Índice de Estoques (IE) do comércio varejista na região metropolitana de São Paulo, que registrou queda de 3,2%, passando de 108,5 pontos em outubro para 105,1 pontos em novembro.
Realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o índice em queda deve-se ao aumento da proporção de empresários com estoques abaixo do desejado, um bom motivo, já que indica um ajuste dos estoques que se mantêm elevados, acima dos patamares de 2013 e 2014, e resistentes à queda.
Em relação ao mesmo mês de 2016, quando o índice atingia 102,1 pontos, houve um aumento de 2,9%. Assim, a proporção de empresários que considera seu nível de estoques adequado alcançou 52,5%, mantendo-se acima dos 50% pelo sétimo mês consecutivo, contra uma média histórica pré-crise de 60%.
A parcela de empresários que afirma estar com estoques acima do adequado se manteve no mesmo patamar de outubro, com leve queda de 0,4 ponto porcentual (p.p.), resultando em 31,6%. Os que afirmaram estar com o nível de mercadorias abaixo do ideal aumentou 2,1 p.p., atingindo 15,8%. Em relação a novembro de 2016, o crescimento foi de 2,6 pontos porcentuais.
Segundo a entidade, é provável que os estoques excedentes tenham uma boa redução por ocasião da Black Friday e do Natal. Assim, será possível que o varejo paulistano entre 2018 com uma situação mais próxima da normalidade, com menos de 30% dos empresários com estoques elevados e aproximadamente 15% com estoques baixos. O indicador configura normalidade quando entre 55% e 60% dos empresários dizem ter estoques adequados.
O índice é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com informações de cerca de 600 empresários do comércio nos municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total.
Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” – quando há a sensação de excesso de mercadorias – e para “abaixo”, em casos de os empresários avaliarem a falta de itens disponíveis para suprir a demanda a curto prazo.