O desemprego no País chegou a 7,7% no terceiro trimestre de 2023, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao segundo trimestre. A retração foi acompanhada por apenas três Estados: Acre, Maranhão e São Paulo, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, o resultado em São Paulo foi fundamental para o resultado nacional. No estado paulista, o desemprego recuou de 7,8% para 7,1%.
“É um processo de queda por uma redução na procura por trabalho, com um aumento estatístico na população ocupada na atividade de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, detalha Adriana, citando o setor que teve aumento de 6,4% no contingente de pessoas ocupadas.
Outros dois estados também tiveram queda na desocupação. No Maranhão, a taxa saiu de 8,8% para 6,7%, enquanto no Acre, foi de 9,3% para 6,2%. “Nos dois casos, há um movimento mais robusto, porque além da retração da redução na procura, houve expansão na ocupação. No caso do Maranhão, se deu, principalmente no setor de alojamento e alimentação”, observa a analista.
Por outro lado, em Roraima houve aumento de desemprego, 5,1% para 7,6%. Em termos regionais, o Nordeste permaneceu com a maior taxa (10,8%), e o Sul, com a menor (4,6%).
Informalidade acima da média
A taxa de informalidade no País foi de 39,1% da população ocupada no 3º trimestre. No recorte regional, o Norte (52,8%) e o Nordeste (51,8%) registraram taxas acima da média nacional. Na análise por unidade federativa, os maiores percentuais foram no Maranhão (57,3%), Pará (57,1%) e Amazonas (55,0%). Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,6%) e São Paulo (31,3%) tiveram as menores taxas.
A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio mensal foi estimado em R$ 2.982, um aumento tanto em relação ao 2º trimestre (R$ 2.933) quanto ao 3º tri de 2022 (R$ 2.862).
As regiões Sul (R$ 3.276) e Sudeste (R$ 3.381) apresentaram crescimento na passagem do 2º para o 3º trimestre, enquanto as demais ficaram na estabilidade. Já na comparação com o mesmo trimestre de 2022, houve aumento nas regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto as demais ficaram estáveis.
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