China restringe aceso ao ChatGPT e penaliza ações de inteligência artificial

Companhias chinesas correm para lançar alternativas domésticas ao ChatGPT, que poderia ser mais palatável para autoridades do país

Algumas das principais ações de tecnologia da China sofreram fortes quedas nesta quinta-feira, 23, após relatos de que o governo chinês está pedindo a empresas pioneiras na inteligência artificial que restrinjam o acesso ao popular chatbot ChatGPT. Segundo o Nikkei Asia, que citou fontes ligadas ao assunto, a Tencent Holding e o Alibaba receberam a recomendação de reguladores que restrinjam o acesso aos serviços do ChatGPT em suas plataformas, seja diretamente ou por terceiros.

Nesse contexto, ações que haviam subido com investidores chineses interessados no impulso do mercado em torno da inteligência artificial foram penalizadas. Papéis da Beijing Haitian Ruisheng Science Technology, de dados de inteligência artificial, recuaram 8,4% em Xangai nesta quinta-feira, após mais do que triplicarem seu valor até agora neste ano. Hanwang Technology, que desenvolve softwares para reconhecimento, recuou o limite diário, de 10%.

Companhias chinesas correm para lançar alternativas domésticas ao ChatGPT, que poderia ser mais palatável para autoridades do país. A Baidu disse que lançará seu chatbot com inteligência artificial em março. Alibaba também trabalha em um concorrente, mas não deu prazo para o lançamento.

Exportação de tecnologia

Os Estados Unidos estão tentando impedir a China de adquirir os chips de processador mais poderosos, com como a tecnologia que ajudaria sua indústria a fabricá-los. Washington diz que eles podem ser usados para fabricar armas e facilitar a vigilância do Partido Comunista e sua capacidade de cometer abusos aos direitos humanos.

“Isso viola seriamente os princípios do mercado e a ordem do comércio internacional”, disse a porta-voz do ministério chinês, Mao Ning, acrescentando que o movimento “prejudica a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.”

O Partido Comunista investiu bilhões de dólares para desenvolver sua própria indústria de chips, mas seus fornecedores ainda precisam de equipamentos de fabricação estrangeiros, matérias-primas e outras tecnologias.

Com informações de Estadão Conteúdo: 

Imagem: Shutterstock

 

Redação

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