Após o Ministério da Agricultura ter anunciado na quarta-feira, 22, à noite, a suspensão das exportações de carne bovina para a China, que passa a valer a partir desta quinta-feira, 23, com a confirmação de um caso da doença da “vaca louca” no Pará, a Minerva Foods, líder na exportação de carne bovina na América do Sul, diz que continuará atendendo a demanda chinesa pela proteína por meio das suas quatro subsidiárias, com 4 plantas no Uruguai e 1 na Argentina. “Sem comprometer o nosso share de mercado e o relacionamento com nossos clientes”, afirma.
A empresa lembra que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) exclui a ocorrência de casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do País, sendo que a doença pode ocorrer de forma espontânea e esporádica em todas as populações de bovinos do mundo.
“A Minerva acredita que, tal qual em períodos anteriores, a suspensão das exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo”, avalia a companhia.
No Brasil, a empresa realiza as exportações para a China pelas unidades de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).
Suspensão das exportações
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o caso ocorreu em uma propriedade com 160 cabeças de gado, que foi isolada pelo órgão. “A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente”, destacou em nota.
Ainda de acordo com a agência, os sintomas indicam que o caso se trata de uma forma atípica da doença, ou seja, que surge de forma espontânea no animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.
“Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico”, declarou a pasta.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Sandy Oliveira)
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