Faltando menos de dois meses para o início do verão, é grande a expectativa dos comerciantes em relação às vendas, principalmente daqueles que têm os seus negócios em cidades litorâneas. Esse otimismo tem fundamento. Pesquisa realizada pela plataforma Booking.com aponta que 94% dos turistas brasileiros vão viajar no próximo verão, sendo que o litoral é o destino preferido por 66% deles.
Para o comércio litorâneo, a temporada de verão representa uma parcela significativa da receita anual. Restaurantes, bares, supermercados, farmácias e indústrias são alguns dos estabelecimentos que experimentam um aumento considerável nas vendas, sendo comum que muitos comércios dessas regiões contratem funcionários temporários para lidar com o volume adicional de clientes.
“Com a chegada do verão, esperamos um aumento significativo de 70% em comparação aos outros meses do ano. Já em relação ao verão passado, estamos projetando um crescimento de 30% a 40%, impulsionado pelo maior número de turistas e pelo aumento na ocupação dos estabelecimentos locais”, conta Antônio Carlos Guimarães, proprietário do Senhor Sushi, restaurante de Guaratuba, no Paraná.
O verão também aquece a demanda por produtos de higiene. A Ripz, fábrica especializada na produção de papéis para higiene, registrou no último verão um aumento de 55% nas vendas para as cidades do litoral do Paraná. O crescimento foi impulsionado por hotéis, pousadas, restaurantes e comércios locais que se preparam para receber o grande fluxo de turistas.
“A demanda por produtos de higiene cresce consideravelmente nessa época, especialmente em cidades turísticas. Os estabelecimentos se antecipam para garantir que o estoque seja suficiente para atender o aumento de fluxo, o que reflete em um crescimento expressivo nas nossas vendas”, diz Mirian Rieper, diretora comercial da Ripz.
Outras empresas que desejam aproveitar o potencial de consumo no litoral durante o verão podem adotar estratégias específicas para alavancar as vendas. “Planejamento de estoque, logística eficiente para garantir o abastecimento, e a contratação de mão de obra temporária são algumas das medidas que tomamos no período”, complementa Rieper.
Imagem: Divulgação/Nicolas Debray