A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,2% em novembro, recorde da série Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, elaborada para mapear o impacto da pandemia no País. Em outubro, foi de 14,1% – ou 13,8 milhões. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro, 14 milhões de pessoas estavam desocupadas. O número de desempregados também é recorde da série, com um aumento de 2% frente a outubro (13,8% milhões) e de 38,6% desde o início da pesquisa (84,4 milhões de pessoas em maio).
“Esse aumento da população desocupada ocorreu principalmente na Região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação”, disse a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
Já a população ocupada subiu para 84,7 milhões, aumento de 0,6% em relação a outubro (84,1 milhões), e, pela primeira vez desde o início da pesquisa, apresentou contingente superior ao de maio (84,4 milhões). Segundo o IBGE, o nível de ocupação ficou em 49,6%, ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar estava empregada.
Assim, houve aumento na força de trabalho, que corresponde à soma da população ocupada e a desocupada, totalizando 98,7 milhões de pessoas. A população fora da força reduziu para 72 milhões.
“A população ocupada se aproximou do patamar de março, apesar da taxa de desocupação maior. Isso porque temos mais pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação. Esses números refletem a flexibilização das medidas de distanciamento social, com mais pessoas mês a mês deixando de estar fora da força de trabalho”, afirmou Maria Lucia.
Em novembro, a taxa de informalidade ficou em 34,5%, a mesma do mês anterior, o que corresponde a 29,2 milhões de pessoas. Norte e a Nordeste continuam com as maiores taxas de informalidade, 49,6% e 45,2%, respectivamente.
Com informações da Agência Brasil
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