A fabricante de cosméticos O Boticário está mais uma vez no topo do ranking do levantamento “Perfil das 50 Maiores Redes de Franquias do Brasil”, divulgado nesta terça-feira (22), pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Essa foi a terceira edição do estudo e a terceira vez que a empresa aparece na primeira posição.
Considerada um case de sucesso de indústria que migra para o varejo através das franquias, a marca, nascida em Curitiba (PR) há mais de 40 anos, mantém a liderança pela terceira vez, após fechar 2018 com 3.724 operações do gênero no país, que incluem lojas, e-commerce, vendas diretas e quiosques.
Apesar de o número ser ligeiramente inferior ao de 2017, quando fechou o ano com 3.762 operações, a marca encerrou 2018 com mais de mil unidades à frente de vice-líder, a AM PM Mini Market, que se manteve em 2º lugar com 2.493.
Na sequência, o McDonald’s subiu da quarta para a terceira posição, com 2.289 pontos de venda, trocando de lugar com a Cacau Show, que nesta edição ficou em quarto, com 2.232. Já a rede americana Subway, que voltou a participar do levantamento da ABF em 2018, já entrou em 5º, com 2.094 lanchonetes no país.
A rede Jet Oil, de serviços automotivos, ficou em 6º lugar, seguida pela Kumon, de serviços educacionais, que manteve a 7ª posição. Já a CVC ficou pela primeira vez entre as 10 mais do ranking da ABF, subindo do 11º lugar para o 8º. Já a Wizard By Pearson, também da área educacional, manteve o 9º posto, e a BR Mania ficou em 10º.
No ranking geral, outras marcas, assim como a CVC, subiram de posição, mas no ramo de microfranquias (com investimento até R$ 90 mil – caso da Acquio Franchising, que inaugurou o modelo de franquia de maquininhas de cartão. A rede foi a que mais subiu no ranking, da 21ª para a 15ª posição, fechou 2018 com 1.113 unidades e é a única de tecnologia entre as 20 maiores.
Outras marcas com bom desempenho foram a microfranquia do ramo de seguros Seguralta (17ª para a 12ª posição), e a internacionalizada Chiquinho Sorvetes (30ª para a 27ª).
Além da Subway, novas marcas entraram no ranking pela primeira vez, como Burger King, Hinode, Club Turismo e a rede americana de franquias de limpeza Jan-Pro.
O levantamento da ABF reafirmou também um movimento crescente no franchising: o investimento em novos formatos para chegar a locais menos acessíveis ou aumentar a capilaridade, como quiosques, unidades móveis e operações store-in-store e home-based. De acordo com o estudo, entre 2017 e 2018, enquanto o percentual de lojas tradicionais caiu de 91% para 88%, os novos formatos aumentaram de 9% para 12%.
Nessa edição do ranking da ABF, para figurar entre as 50 maiores, o volume de unidades deveria superar a marca de 300 – indicador que ficou 8% maior do que na edição 2017. Também aumentou o número de redes com mais de mil unidades, 17 no total, número 21% maior do que no levantamento anterior. “Mesmo em um ano de tantas incertezas e altos e baixos da economia, o estudo mostra que os investimentos para manter a expansão e inovar continuaram”, afirma André Friedheim, presidente da ABF.
A integração de canais – ou omnichannel – também já está se incorporando ao franchising: de acordo com Vanessa Bretas, gerente de inteligência de mercado da ABF, pelo menos 45% das redes trabalham com meios digitais, como e-commerce e aplicativos, em paralelo à operação física. “O que era tendência virou realidade.”
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