Banco do Brasil e a importância do beyond banking

Com investimento em startups e foco nos dados, inovação segue em alta no banco mais antigo do país

O mundo vai evoluindo e as instituições vão acompanhando tal evolução, em todos os setores da sociedade, muitas vezes com transformações ou ajustes. E o beyond banking (‘além do banco’ na tradução livre) chegou como um belo exemplo de adaptação ao novo momento.

Já vimos o varejo sendo banco e agora vemos o banco sendo varejo e oferecendo diversos produtos, soluções e serviços a seus clientes, muitas vezes por intermédio de parcerias com outras empresas.

“O primeiro cartão virtual do mundo foi o Banco do Brasil que criou. O primeiro plástico de crédito e débito ao mesmo tempo também foi criado por nós, assim como o primeiro consórcio, nos anos 1960. O primeiro aplicativo de banco no Brasil também foi lançado por nós. Temos orgulho de ter essa marca da inovação e não seria agora que deixaríamos isso para trás”, revelou Pedro Bramont, diretor estatutário de negócios digitais e open banking no Banco do Brasil, que participou de painel ao lado de Fábio Fialho, CMO da Infracommerce, no Retail Executive Summit (RES), evento da Gouvêa Ecosystem, em Nova York.

Maior ecossistema digital independente para e-commerce da América Latina, a Infracommerce é parceira do Banco do Brasil nesta jornada. “Esse tema do beyond banking é um mercado a ser desenvolvido. São oportunidades que vêm acontecendo nos bancos e podemos ajudar no desenvolvimento delas”, afirmou Fialho.

Dados e muito mais

Muitos caminhos podem surgir ao avançar e se desenvolver além do core business da empresa, neste caso os bancos. “Observamos três grandes oportunidades: fonte nova de receita, informação e geração de dados e procura do cliente por conveniência e segurança. A chance de uma compra ser fraudulenta dentro do app do banco, por exemplo, é muto baixa”, lembrou Bramont.

Mas não basta apenas colher os dados. É necessário saber o que fazer com eles. “Se antes sabíamos onde nosso cliente comprava, hoje conseguimos entender o seu perfil vendo o que ele compra. É um aumento de aprendizado em relação ao cliente para melhorar nossa modelagem de crédito, por exemplo”, revelou Bramont.

“Outro ponto importante são as relações. Um dado interessante que temos hoje por conta do pix é saber para quem o cliente movimenta dinheiro. Essa movimentação de pix entre pessoas, familiares e etc, oferece uma visão de um outro lado do comportamento do consumidor interessante, que só pela compra você não consegue observar. Você saber que uma pessoa, por exemplo, é o provedor de uma família. E essa é uma informação importante para algumas análises e decisões”, afirmou o diretor estatutário de negócios digitais e open banking no Banco do Brasil.

E assim como a evolução da sociedade, o aprendizado também é rápido. “Eu fiquei muito impressionado com esse avanço que o Banco do Brasil teve em olhar o consumidor, a jornada. Esse aprendizado em relação aos dados. E acho que temos que olhar e tentar também aprender com o varejo do banco”, revelou Fialho, o CMO da Infracommerce.

Investindo em Startups

Na tentativa de seguir um bom caminho quando o assunto é inovação, o Banco do Brasil sabe da importância de ser uma instituição consolidada, com mais de 200 anos de vida, mas também reconhece a expertise de outros no tema.

“Quando vemos as startups, vemos uma lente de longo alcance. Somos grandes e temos muitas coisas para nos preocuparmos na parte da operação. E as startups são uma boa lente, pois olham para a sociedade sob um prisma muito específico da sua atividade, da sua dor, do seu segmento de clientes. E a partir do momento que nos associamos a elas é como se tivéssemos o melhor dos dois mundos: lentes olhando para vários pontos e com olhar especializado”, afirmou Pedro Bramont, que também garantiu um segundo papel para as startups. “Elas também servem como acelerador. Um banco precisa ter muita atenção na hora de lançar algo. Mas elas conseguem fazer uma aceleração importante e testar tudo em um ambiente controlado”.

Mas se engana quem pensa que a inovação no Banco do Brasil fica restrita a uma área específica. “Nós temos 85 mil funcionários e temos uma plataforma de inovação. Muitas vezes uma boa ideia de alguém pode ser aprimorada. Hoje mais ou menos 25 mil funcionários já usam a plataforma. É uma plataforma de ideias muito poderosa que você pode parametrizar e gerar desafios internos de inovação. Muitos dos nossos produtos que lançamos nos últimos 36 meses já são fruto desses nossos esforços de inovação”, revelou.

E quem sabe da importância de democratizar ideias em busca de grandes avanços na inovação é a Infracommerce. “Temos investido muito nisso, tentando entender, ajudar e viabilizar esses projetos. Sabemos da importância desse varejar da indústria e a grande oportunidade em canais, por exemplo. Como esses novos canais que os bancos vêm promovendo”, finalizou Fialho.

Imagem: Shutterstock

Relacionados Posts

Próxima Postagem

REDES SOCIAIS

NOTÍCIAS

Bem vindo de volta!

Entre na sua conta abaixo

Recupere sua senha

Digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Add New Playlist