AliExpress vai vender produtos no Brasil por meio do marketplace do Magalu

Serão disponibilizados produtos das mais diversas categorias e complementares às disponíveis atualmente no e-commerce do Magalu

O Magazine Luiza (Magalu) e o AliExpress anunciaram nesta segunda, 24, um acordo para venda de produtos no Brasil. Segundo o Acordo Estratégico, os produtos do AliExpress da linha Choice – serviço de compras premium, incluindo produtos com melhor custo-benefício e velocidade de entrega – serão vendidos no Brasil por meio do Magalu. Segundo coletiva de imprensa online e comunicado divulgado ao mercado, serão disponibilizados produtos das mais diversas categorias e complementares às disponíveis atualmente no e-commerce do Magalu.

“Com isso, a companhia amplia de forma significativa o sortimento oferecido, acelerando a sua estratégia de diversificação de categorias e de aumento da frequência de compra. Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross-border da companhia”, diz o comunicado.

O acordo também prevê que o Magalu ofereça produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress. “Serão vendidos, inicialmente, itens das categorias de bens duráveis, nas quais o Magalu é líder de mercado no Brasil, com capilaridade logística e multicanalidade, fortalecendo também as vendas do e-commerce com estoque próprio (1P) da companhia”, diz o texto.

“A parceria potencializa duas das maiores audiências do e-commerce brasileiro, com mais de 700 milhões de visitas mensais nas duas empresas, e possibilita que o consumidor final tenha acesso a um amplo portfólio de produtos, com curadoria e serviço de qualidade. Um acordo desse tipo é inédito para ambas as empresas. É a primeira vez que o Alibaba, por meio do Aliexpress – uma das maiores empresas de e-commerce do mundo – faz um acordo estratégico com uma empresa fora da China. Para o Magalu, é a primeira vez que seus produtos serão listados e vendidos por meio de outra plataforma de marketplace”, finaliza o comunicado, assinado por Roberto Bellissimo Rodrigues, diretor financeiro e de Relações com Investidores do Magalu.

Fred Trajano, CEO do Magalu, acredita que a parceria é uma clara situação de ganha-ganha. “As sinergias são imensas. As duas plataformas têm no Brasil mais de 700 milhões de visitas por mês, além de 60 milhões de clientes ativos nos dois canais. Você coloca sortimentos complementares. Eu vou introduzir sortimentos que eu não tinha e o AliExpress vai fazer o mesmo. Estamos bastante animados com o potencial da parceria”, revelou o executivo em coletiva de imprensa direto da China.

Para Briza Rocha, diretora Brasil e LATAM do AliExpress, a complementariedade das duas categorias da parceria será fundamental para o sucesso da operação. “A linha Choice tem um sortimento bem diverso. Beleza, assessórios eletrônicos… São produtos de calda longa, de diversas categorias diferentes, que vão contribuir muito para o Magalu. Agora geladeiras e bem duráveis mais pesados, por exemplo, o AliExpress não tem. E eles são uma categoria importante no Magalu. São produtos complementares”, garantiu a executiva, também diretamente da China.

“Sabemos da importância do Magalu na história do varejo brasileiro e o seu compromisso com o consumidor. Acreditamos que essa união tem tudo para ser duradoura”, revelou Kai Li, CEO Latam do AliExpress.

AliExpress vai vender produtos no Brasil por meio do marketplace do Magalu

Taxação polêmica

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou na última semana que pretende sancionar a taxação de 20% do imposto sobre as compras internacionais de até US$ 50. A medida vem se arrastando nos últimos meses passando por todas as fases necessárias para aprovação após forte pressão dos marketplaces nacionais.

Questionado sobre parecer incoerente fazer uma parceria com um marketplace estrangeiro após pressão para taxação do mesmo, Fred Trajano afirmou que no final das contas a operação vai beneficiar o consumidor. “Em nenhum momento o Magalu criticou os marketplaces asiáticos. Erámos apenas a favor da isonomia. Com a nova taxa, se isso não acabou, reduziu significativamente. As plataformas de cross-border são uma realidade. É impossível você não conviver com tudo isso. Mas era importante ter mais isonomia. E foi isso que aconteceu. A partir do momento que os produtos passam pelo Remessa Conforme eles serão taxados. Exatamente como está na legislação. Mas o benefício da parceria para o consumidor vai ser enorme. Ele vai ter mais opções nas duas plataformas. Quanto mais opções eu dou para o consumidor, melhor para ele. É um benefício claro, óbvio”, revelou o executivo do Magalu.

“Essa parceria provavelmente já estava sendo desenhada há muito tempo, em paralelo a toda essa discussão de taxação. As duas empresas buscaram formas de se fortalecerem diante desse contexto. Não temos acesso a detalhes dos acordos, mas para composição de sortimento, vejo como uma parceria muito vantajosa para Magalu. Para Alibaba, é mais um avanço de aproximação do grupo a parceiros locais. Para o consumidor, é mais um canal de oferta para produtos se seu interesse”, revelou o especialista Roberto Wajnsztok, sócio-diretor da Gouvêa Consulting.

Imagens: Shutterstock e Reprodução

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