O sindicato United Auto Workers (UAW) informou nesta terça-feira, 24, em comunicado que a greve em andamento no setor automotivo dos Estados Unidos se expande. Segundo ele, na manhã desta terça-feira, 5 mil integrantes da fábrica da General Motors em Arlington, no Texas, se uniram ao protesto, paralisando a maior e mais rentável fábrica da GM, segundo o próprio UAW.
O sindicato nota que a paralisação ocorre horas após a GM reportar lucro de US$ 3,5 bilhões no terceiro trimestre e também dias depois de não haver acordo sobre mudanças nos contratos com a empresa. A montadora divulgou também que a greve do UAW já lhe custou US$ 800 milhões em perda de produção – antes da interrupção de Arlington – incluindo US$ 200 milhões durante o terceiro trimestre.
“Como temos dito há meses: lucros recordes devem ser igual a contratos recordes”, afirma o presidente do UAW, Shawn Fain, no comunicado. “É hora dos trabalhadores da GM, e toda a classe trabalhadora, receberem sua parcela justa.”
A escalada da greve de terça-feira inclui cerca de 5.000 trabalhadores na fábrica de montagem da GM em Arlington, que produz o Cadillac Escalade e Escalade ESV, GMC Yukon e Yukon XL, e Chevrolet Tahoe e SUVs Suburban.
Com a nova paralisação, o total de membros da UAW de braços cruzados é de mais de 45 mil, diz a nota.
A greve se aproxima ainda de sua sexta semana, nota o comunicado, desde seu início em 15 de setembro.
As paralisações afetam a Ford, a GM e a Stellantis.
Com informações de Estadão Conteúdo
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