O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Giancarlo Greco, disse nesta terça-feira, 24, que o setor de cartões deve chegar a R$ 3,6 trilhões em transações neste ano. Ele atribuiu o crescimento dos cartões no País na última década às mudanças regulatórias capitaneadas pelo Banco Central.
“Esperamos chegar a R$ 3,6 trilhões nesse próximo trimestre acumulado no ano”, disse ele durante a abertura de evento da Abecs, realizado em Brasília nesta terça-feira para comemorar os dez anos da lei 12.865, que criou as instituições de pagamento.
A legislação abriu espaço para o aumento da competição no setor de cartões: as instituições de pagamento são a figura regulatória em que se enquadra a maior parte das fintechs mais conhecidas pelo mercado, surgidas justamente ao longo dos últimos dez anos.
“Ela vem consagrar o setor no seu aspecto de evolução competitiva e mitigação de risco sistêmico que não tinha”, disse Greco.
Fraude
Mais da metade das tentativas de fraude (51,5%) no mês de julho ocorreu no setor de “Bancos e Cartões” (focado na abertura de contas e solicitação de emissão de cartões de crédito), resultando em uma ocorrência a cada 6,6 segundos. O levantamento foi feito pela Serasa Experian.
O segmento de “Bancos e Cartões” é visado pelos fraudadores por possibilitar novos tipos de golpes sem deixar rastros, segundo Caio Rocha, diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian.
Ele também pondera que o uso do cartão para compras via e-commerces e marketplaces facilita a atuação de criminosos por não necessitar de senha.
No total, o Brasil teve 785.289 tentativas de fraude em julho, um crescimento de 3,4% ante junho. Após “Bancos e Cartões”, os setores que contabilizaram mais tentativas de fraude foram “Serviços” (27,8%), seguido por “Financeiras” (15,8%), “Varejo” (3,6%) e “Telefonia” (1,4%).
Com informações de Estadão Conteúdo.
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