A Suzano informou no sábado, 23, em comunicado ao mercado financeiro a aquisição das sociedades de propósito específico (SPEs) Timber VII e Timber XX, sob gestão da BTG Pactual Timberland Investment Group, subsidiária do BTG Pactual, por R$ 1,826 bilhão.
Segundo o comunicado, as empresas adquiridas têm 70 mil hectares de terras em Mato Grosso do Sul, sendo 50 mil úteis e em parte plantadas com eucaliptos de variadas idades.
A companhia diz que a transação “está alinhada a sua estratégia de criar opcionalidade em seu negócio e ampliar a sua autossuficiência no suprimento de madeira”.
Em outro comunicado, a Suzano informa que, por causa da operação, revisou para cima sua previsão de investimento de capital (Capex) em 2024 de R$ 14,6 bilhões para R$ 16,5 bilhões.
Sobre as empresas
A Suzano é líder na produção mundial de celulosa e referência na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto.
Em abril do ano passado, a empresa assinou contrato de compra e venda de participação societária designado “Share Purchase and Sale Agreement” com o Investimentos Florestais Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia para a aquisição de oito sociedades por US$ 667 milhões.
Antes mesmo desse acordo, a Suzano já utilizava ativos florestais existentes das companhias alvo por meio de contratos de parceria florestal celebrados em 2013 pela sua antecessora, Fibria Celulose. Na época, informou que a operação estava alinha com a estratégia da empresa em ser melhor de sua categoria na redução do custo total de celulose por meio de cortes no dispêndio com a compra de madeira e garantir base florestal em áreas estratégicas às suas operações no longo prazo.
A TIG integra a área da Asset Management do BTG Pactual, sendo uma das maiores gestoras de ativos florestais do mundo, com aproximadamente US$ 4,5 bilhões em ativos e capital comprometido e 1,2 milhões de hectares sob gestão, conforme explicação da própria empresa.
Os ativos florestais são áreas de plantio de florestas comerciais, sendo as espécies de eucalipto e pinus as mais comuns na América Latina devido à sua alta demanda e mercado consumidor já consolidado.
Com informações de Estadão Conteúdo (Alexandre Rocha)
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