Os embarques do iPhone da Apple na China caíram no quarto trimestre de 2023, à medida que a demanda se enfraqueceu e o rival chinês Huawei Technologies aumentou sua participação de mercado, segundo dados da consultoria IDC.
Nos últimos três meses do ano passado, os embarques de iPhones no maior mercado de smartphones do mundo tiveram queda de 2,1%, informou a IDC em pesquisa trimestral. A Apple manteve a liderança na China, mas sua fatia de mercado diminuiu para 20%, de 20,6% um ano antes.
Em todo o ano de 2023, a Apple superou o concorrente local Vivo e tornou-se o maior vendedor de smartphones da China pela primeira vez, com participação de mercado de 17,3%, ante 16,8% em 2022.
Já a Huawei teve um salto de 36% nos embarques do quarto trimestre, que impulsionaram sua fatia para 13,9%, de 10,3% um ano antes. No período, a empresa ficou em quarto lugar no ranking, voltando ao top 5 pela primeira vez em mais de dois anos, detalhou o IDC.
De modo geral, os embarques de smartphones na China tiveram queda de 5% em 2023, a 271,3 milhões de unidades, atingindo o menor volume em uma década.
Proibição
Em setembro do ano passado, a companhia de celulares de Steve Job e o governo chinês entraram litígio por um orientação não confirmada oficialmente contra o uso de aparelhos eletrônicos de marcas não chinesas.
Segundo a notícia publicada pelo Wall Street Journal, naquele período, a China teria lançado regulamentos oficiais para banir o uso de celulares de marcas estrangeiras. Além disso, alguns funcionários de agências governamentais ainda teriam sido instruídos a não usar iPhones ou outros aparelhos de marcas estrangeiras no trabalho, citando fontes com conhecimento do assunto.
Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, declarou à época que “a China não emitiu quaisquer leis, regulamentos ou documentos de política que proíbam o uso de celulares estrangeiros, incluindo o iPhone da Apple”.
A porta-voz disse ainda que a mídia chinesa recentemente publicou reportagens sobre questões de segurança relacionadas aos iPhones e que Pequim “dá grande importância” à informação e segurança cibernética.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
Imagem: Southerstock