IA, RFID e visão computacional lideram tendências no varejo para otimizar operações

Pesquisa mostra que 56% dos varejistas planejam adotar inteligência artificial nos próximos três anos

O uso de inteligência artificial (IA), RFID e visão computacional deve crescer no varejo nos próximos anos, conforme aponta o 17º Estudo Anual Global do Consumidor, divulgado pela Zebra Technologies. O levantamento indica que 56% dos varejistas planejam implementar ferramentas de análises prescritivas baseadas em IA para prevenir perdas em um período de um a três anos.

Além disso, 40% dos lojistas pretendem investir em câmeras e sensores de autoatendimento (46%), visão artificial (51%) e etiquetas RFID (41%).

Essas tendências tecnológicas respondem aos desafios do varejo, como a necessidade de otimizar operações, prevenir perdas e atender às expectativas dos consumidores. Segundo Vanderlei Ferreira, CEO da Zebra Technologies no Brasil, as ferramentas tecnológicas podem transformar a gestão de estoques e melhorar a experiência do cliente.

“Investir em ferramentas que melhorem a gestão de estoques, automatizem operações e garantam suporte em tempo real é essencial para enfrentar os desafios do setor e proporcionar experiências mais consistentes e satisfatórias aos consumidores”, afirmou Ferreira.

As mudanças são motivadas pelas frustrações dos consumidores. O estudo revela que 79% dos compradores se incomodam com produtos protegidos ou trancados, e 64% enfrentam dificuldades para localizar colaboradores para assistência. Essa falta de suporte no ponto de venda levou uma em cada cinco pessoas a deixar a loja sem adquirir o que precisavam. Além disso, o índice de satisfação com experiências de compra caiu de 87%, em 2023, para 86% nas lojas físicas e 83% no e-commerce, em 2024.

O impacto das lacunas tecnológicas também atinge os colaboradores, com 85% relatando dificuldades para rastrear a falta de produtos em tempo real. Na América Latina, 66% dos consumidores disseram ter saído das lojas sem os itens que desejavam, a maior taxa registrada globalmente.

Outro ponto crítico é a questão da segurança. O estudo mostra que 69% dos consumidores estão preocupados com os impactos dos altos índices de roubo nos preços e temem que varejistas aumentem os valores para compensar as perdas. Além disso, 80% dos consumidores acreditam que a inflação está pressionando ainda mais o setor, o que os obriga a reduzir despesas gerais.

“O varejo precisa priorizar a eficiência operacional e a produtividade da força de trabalho móvel, ao mesmo tempo em que aposta em soluções tecnológicas como a inteligência artificial generativa para gestão de inventário e previsão de demanda”, destacou Ferreira.

Segundo ele, a automatização de processos, como o uso de RFID (48%) e monitoramento de vídeo (46%), pode melhorar a visibilidade de estoques em tempo real, contribuindo para aumentar a lucratividade e melhorar a experiência de compra.

Por fim, o estudo destaca que varejistas que adotam tecnologias móveis e modernas conseguem não apenas otimizar suas operações, mas também oferecer um ambiente de trabalho mais atrativo para os colaboradores. Com 85% dos associados e 80% dos varejistas defendendo a ampliação das equipes, o uso de tecnologia aparece como um diferencial para enfrentar os desafios do setor e criar experiências de compra mais satisfatórias.

Imagem: Divulgação

Redação

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