O Brasil registrou 1505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1728 operações desse tipo. A distribuição do total de fusões e aquisições ao longo de 2023 ficou da seguinte forma: 372 (primeiro trimestre), 365 (segundo trimestre), 405 (terceiro trimestre), e 363 (quarto trimestre). Os dados são da pesquisa da KPMG sobre o assunto, conduzida com 43 setores da economia.
Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1117 em 2020, 1231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016. As transações domésticas entre organizações brasileiras (998) lideraram em 2023, seguidas de operações de empresas de capital majoritário estrangeiro (400) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.
“Os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais. Ainda assim, devemos recuperar o número de transações em breve com a melhoria de indicadores econômicos nacionais”, afirma Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.
Considerando as 507 fusões e aquisições envolvendo estrangeiros em 2023, os países que mais participaram dessas operações em 2023 foram os seguintes: Estados Unidos (244), Reino Unido (28), Alemanha (20), França (19), Espanha (19), Canadá (18), Argentina (14), Portugal (11), México (9), Países Baixos (9), e Suíça (9).
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