Peixe, arroz, azeite e demais produtos comuns durante a Páscoa estarão mais caros durante as comemorações de 2024 na Região Metropolitana de São Paulo devido aos impactos climáticos, conforme apontado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O estudo foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE e houve um aumento de 17,7% nos preços destes produtos entre a data do ano passado e deste ano, enquanto o observado na última Páscoa foi um aumento de 12%.
“Ainda que mais gente esteja empregada, e a renda tenha subido, a pressão dos alimentos tende a dificultar um pouco mais a compra dos ingredientes para os eventos relacionados à data, ou mesmo para o tradicional ovo de chocolate”, pontua Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP.
Uma das maiores altas no preço é o azeite, que está 42,8% mais caro na região do que no ano passado. As condições climáticas adversas que prejudicaram a colheita nos países produtores da Europa nos últimos meses influenciam nessa variação de preço. No Brasil, o fenômeno El Niño também atrapalhou a produção de itens como batata-inglesa, tomate e alho, o que acarretou na elevação de preços em 34,7%, 17,5% e 9%, respectivamente.
Os pescados, ingrediente tradicional no feriado religioso, subiram 5,2%, enquanto os chocolates em barra e em pó, ao contrário, apontaram quedas relativas em comparação a 2023, considerando que a inflação do período foi de 4,5%.
No entanto, o estudo não abrange a variação de preços dos ovos de chocolate, uma vez que se trata de uma produção sazonal e não é incluído na catalogação feita pelo IBGE. Portanto, comparar os preços dos ovos com outros formatos do produto, como em barra, é inadequado devido às diferentes estruturas de produção.
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