A Justiça decretou a falência da varejista mineira de eletrodomésticos Eletrosom, resultando no fechamento de sua última unidade em Monte Carmelo, cidade-sede da rede no interior de Minas Gerais.
A informação foi divulgada pelo escritório Monteiro de Andrade, Diniz, Galluppo, Albuquerque, Viana e Advogados Associados (MADGAV), que representa a companhia.
Fundada em 1980, a Eletrosom chegou a operar cerca de 240 lojas pelo País e empregou mais de 3 mil funcionários em seu auge. No entanto, desde 2015, a empresa enfrentava um processo de recuperação judicial devido a uma dívida superior a R$ 200 milhões, culminando agora na decisão de falência.
Pedidos de recuperação judicial aumentam em 2024
O terceiro trimestre de 2024 registrou aumento no total de empresas em recuperação judicial no País, com 185, chegando a 4.408 empresas nessa situação. A recuperação judicial é um recurso possível quando uma companhia precisa suspender e renegociar dívidas. Os dados foram compilados pela consultoria RGF com base no banco de dados da Receita Federal. O levantamento exclui microempreendedores individuais (MEIs), organizações não governamentais (ONGs) e empresas estatais em sua metodologia.
A análise feita pela consultoria é trimestral e ocorre desde o segundo trimestre de 2023, quando 3.823 companhias recorreram à recuperação judicial para se manterem abertas. Desde então, o número tem crescido a cada parcial.
No segundo trimestre, 4.223 empreendimentos estavam nessa situação. O aumento ocorre mesmo com dados positivos na geração de empregos, como a elevação de trabalhadores registrados, e a manutenção do saldo de empresas criadas no país. É o que revela o painel Mapa de Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que indicou 93 mil empresas abertas em 2024 e 47 mil extintas durante neste ano, ambos excluindo a quantidade de MEIs abertas e fechadas no ano.
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