Como a integração de dados e os gêmeos digitais promovem a experiência do consumidor

Em entrevista à M&C, diretor de varejo e bens de consumo do SAS para América Latina explica como as técnicas analíticas de dados impactam nos resultados do varejo

Com os novos padrões de comportamentos do consumidor adquiridos com a pandemia de covid-19 e a busca pela mesma experiência nos diferentes canais, a utilização de dados para gerar insights na construção da jornada vem ganhando cada vez mais espaço no varejo.

Para isso acontecer, não basta conhecer o comportamento de compras do cliente. É preciso haver a integração de dados da cadeia de suprimento, gestão de mercadoria e planejamento de demanda.

“Os três processos estão interligados. Na cadeia de suprimentos, você precisa acelerar a compra do fornecedor para chegar com caminhões e distribuição de lojas. O produto na loja precisa ter um fluxo porque, se ele não estiver vendendo, é um dinheiro parado. As técnicas analíticas de dados permitem ter novas dinâmicas”, afirma Cristian Figueroa, diretor de varejo e bens de consumo do SAS para América Latina, em entrevista exclusiva para a M&C.

Figueroa explica que a demanda pode ter um comportamento diferenciado de acordo com a região, com o produto ou o ciclo de vida dele. “Se é perecível, você vai ter um custo maior de armazenamento e, para alimentar as lojas, é preciso um processo logístico mais rápido”, diz.

O executivo destaca ainda que o planejamento da demanda afeta positivamente a redução de estoque, otimiza o tamanho das lojas, melhora o sortimento e, indiretamente, a experiência do consumidor.

“A missão do analytics é combinar a matemática que os dados entregam com os negócios. Você pode otimizar receita, a margem ou minimizar o estoque mudando os preços. É uma combinação. E, com a inteligência de dados, você pode ter esse planejamento completo”, afirma.

Gêmeos digitais

Outra ferramenta que permite ao varejista simular diferentes cenários, antecipar problemas e otimizar os processos e resultados são os gêmeos digitais.

“No caso do varejo, na cadeia de suprimentos existem muitas variáveis em jogo. Você pode usar o gêmeo digital para fazer simulações: o que acontece se o caminhão demorar, o que acontece se o preço do fornecedor para um material subir 1%, o que acontece se o comportamento do consumidor mudar etc”, explica.

O SAS tem uma parceria com a Cosmo Tech, especializada em simulação de gêmeos digitais e tecnologia de otimização, para complementar a visão de planejamento de demanda e melhorar o processo da cadeia de suprimento, de gestão da categoria e da experiência do consumidor. “Esse tipo de simulação permite ser mais eficiente, baseado em eventos disruptivo que pode ter acontecido e que, antes da pandemia, era menos provável.”

Como exemplo, Figueroa cita a decisão de fazer a promoção de algum produto. Se houver algum problema de logística com os caminhões ou de entrega do fornecedor, haverá impacto no resultado porque a mercadoria que tinha que girar na loja, não chegou e o consumidor não receberá uma experiência completa.

“As novas tecnologias aparecem para que o varejo possa conhecer da melhor forma o ciclo analítico, com as especificações de diferentes comportamentos. É uma combinação entre a ciência e o conhecimento de negócio.”

Com informações de Mercado&Tech powered by Infracommerce.
Imagem: Shutterstock

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