Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa distribuirão os R$ 7,429 bilhões adicionais do Plano Safra 2022/23, ainda vigente, que serão viabilizados pela aprovação de mais R$ 200 milhões para a equalização de taxas de juros de linhas do plano. Os novos limites de crédito com taxas equalizáveis das três instituições financeiras consta da Portaria 446 publicada nesta quarta-feira, 24, pelo Ministério da Fazenda.
O ato altera a Portaria 6.454, de 19 de julho 2022, que havia autorizado o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais no âmbito do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho, segundo comunicado do Ministério da Agricultura.
Com a mudança na Portaria 6.454, o limite de crédito com taxas equalizadas a ser concedido pelo Banco do Brasil até 30 de junho passa a ser de mais de R$ 56,632 bilhões; o do BNDES, R$ 22,679 bilhões, e o da Caixa, R$ 2,442 bilhões.
O crédito adicional será destinado a programas de investimentos, como Moderfrota (máquinas agrícolas) e outros, bem como ao custeio no programa Pronamp, focado em médios produtores, conforme a nota da Agricultura.
Ainda de acordo com a portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento publicada no dia 11 de maio, dos R$ 200 milhões adicionais para equalização de taxas, R$ 89,1 milhões serão alocados em operações de custeio agropecuário e R$ 110,8 milhões de investimentos.
Mercadante defende novo plano safra
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu em janeiro, o apoio da instituição de fomento ao frigorífico JBS, mas reconheceu que as práticas ambientais das empresas do agronegócio terão que mudar num contexto de transição para uma economia de baixo carbono. Para Mercadante, o crédito agrícola poderá ser uma ferramenta de estímulo a essas novas práticas na agropecuária.
“Vamos precisar de um novo plano safra para estimular a agricultura de baixo carbono e estimular a recuperação de áreas de pasto degradado”, afirmou o presidente do BNDES, em entrevista coletiva sobre o Fundo Amazônia, na sede do banco, no Rio.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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