Cerca de 51% das empresas que utilizam a escala 6×1, isto é, seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso (6×1) são do segmento do comércio. Elas ficam à frente de bares e restaurantes (16%), serviços administrativos (8%), hotéis (5%) e administração imobiliária e predial (3%). O levantamento foi realizado pela VR, plataforma de serviços para trabalhadores e empregadores. Para o estudo, foram analisados dados de três mil empresas que utilizam os serviços de gestão de escala da VR, somando, aproximadamente, 140 mil trabalhadores.
Diversidade de escalas de trabalho entre os setores
O levantamento da VR também identificou quais setores da economia mais utilizam outros regimes como 4×2 dias, 5×1 dias ou 12×36 horas, além da própria escala 6×1. Foi possível identificar ainda segmentos com mais de um padrão de escala.
É o caso do comércio, por exemplo, que também utiliza a escala 12×36 horas, seguido por bares e restaurantes (10%), suporte em tecnologia (9%), feiras, congressos e exposições (9%) e administração imobiliária e predial (9%), este último registra outros formatos de agenda. Já a escala 5×1 é predominantemente usada pelos segmentos de teleatendimento (28%), fabricação (28%) e comércio (25%).
O VR identificou que, em alguns setores, é comum não existir escala definida. Na lista, aparecem serviços administrativos (12%), hotéis (9%) e bares e restaurantes (8%). “Para as PMEs, que respondem por 60% dos empregos formais, segundo o Sebrae, e não têm a mesma flexibilidade financeira dos grandes negócios, não adotar um regime de escalas pode acarretar um acúmulo de horas-extras que precisam ser pagas e podem comprometer o caixa da empresa se não houver um controle”, afirma Renato Teixeira, diretor-executivo de Negócios Pessoa Jurídica da VR.
Por meio da sua solução de marcação de ponto, a VR identificou que, só este ano, já foram acumuladas quase 122 mil horas-extras a serem acertadas junto aos trabalhadores, seja em banco de horas, seja em pagamento, conforme política de cada uma. “As escalas de trabalho oferecem maior previsibilidade tanto para trabalhadores quanto para empregadores”, destaca Teixeira.
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