Empresas ousadas não apenas se destacam em seus setores. Elas efetivamente mudam o jogo e transformam mercados inteiros. Pense em como a Amazon redefiniu o varejo; a Nvidia revolucionou a tecnologia de GPUs (Graphics Processing Unit), processadores que são usados desde renderização gráfica à Inteligência Artificial e machine learning; a Tesla remodelou a indústria automotiva; e a Shein redefiniu o varejo de fast fashion. Essas empresas não apenas inovaram; elas criaram novas regras, abriram novos caminhos e estabeleceram padrões que outros agora tentam seguir. Como líderes, nosso papel é não apenas reconhecer a necessidade dessa ousadia, mas também cultivar um ambiente que fomente a inovação de forma ampla. É sobre criar condições em que ideias arrojadas possam florescer e transformar mercados inteiros.
Falar sobre inovação transformadora não é apenas melhorar o que já existe, mas redefinir completamente as regras do jogo. Empresas como Uber e Netflix revolucionaram suas indústrias, exemplificando como a inovação pode mudar radicalmente a maneira como operamos e consumimos. Elas se tornaram parte integrante da vida das pessoas, inserindo-se na rotina diária e transformando comportamentos.
Para fomentar a inovação em nossas próprias organizações, precisamos, em primeiro lugar, criar um ambiente em que a experimentação seja incentivada. Isso significa permitir que as equipes testem novas ideias sem medo de fracassar. O fracasso deve ser visto como uma oportunidade de aprendizado, não como um fim. Empresas como Google e 3M são conhecidas por sua cultura de inovação, em que uma porcentagem significativa do tempo dos funcionários é dedicada a projetos pessoais, que podem eventualmente se transformar em produtos revolucionários.
Além disso, estar na vanguarda da tecnologia é crucial para promover inovação. Tecnologias emergentes como Inteligência Artificial, blockchain, cripto, machine learning, computação científica, oferecem novas maneiras de resolver problemas e criar valor. No Grupo Bittencourt, por exemplo, lançamos recentemente o Bittencourt IA, uma suíte de produtos que utiliza IA para otimizar a gestão e operações das franqueadoras. Esse tipo de iniciativa não só melhora a eficiência, como também abre novas possibilidades de mercado.
Outro ponto essencial é a implementação de processos ágeis, fundamentais para responder rapidamente às mudanças e implementar novas ideias. Metodologias ágeis, como Scrum e Kanban, ajudam a quebrar projetos grandes em partes menores e gerenciáveis, permitindo ajustes contínuos e melhorias incrementais. Isso mantém as equipes focadas, flexíveis e prontas para se adaptar às novas informações e condições de mercado.
Promover a diversidade de pensamento também é crucial para a inovação. Incentivar a colaboração entre pessoas de diferentes áreas, com diferentes experiências e perspectivas, pode levar a soluções mais criativas e inovadoras. Empresas como a Apple têm historicamente valorizado essa diversidade, resultando em produtos que não só atendem às necessidades dos consumidores, mas também definem tendências de mercado.
Finalmente, estabelecer parcerias estratégicas pode acelerar a inovação ao combinar forças complementares. Colaborar com startups, universidades e outras empresas pode trazer novas perspectivas e tecnologias que podem ser integradas para criar soluções inovadoras.
Nota: Se você quiser saber mais sobre esse tema, participe do BConnected 2024., nos dias 8 e 9 de outubro, no Teatro Santander, em São Paulo. O evento terá a participação de Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise para América Latina da Nvidia, uma das empresas mais valiosas do mundo, que trará insights valiosos sobre como a tecnologia pode ser uma alavanca poderosa para a inovação disruptiva.
Lyana Bittencourt é CEO do Grupo Bittencourt.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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