Em uma lista de 200 setores considerados essenciais, construção civil, saúde e estética e bares e restaurantes lideram o ranking de empresas com o maior número de pessoas trabalhando nos finais de semana.
O levantamento foi feito pela VR, empresa de gestão e benefícios para colaboradores, em meio à repercussão da portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, que restringe a atuação de trabalhadores aos domingos e em feriados, a partir de 1º de março. Com a mudança, comércios e serviços não essenciais só poderão operar se houver negociação com os sindicatos de classe ou autorização regulamentada em lei municipal.
Para a pesquisa, a VR listou 200 setores considerados essenciais e analisou o registro de ponto de 850 mil trabalhadores contratados, em cerca de 23 mil empresas, no período de setembro de 2023 a fevereiro de 2024. Por meio do cruzamento desses dados, a companhia classificou as atividades econômicas que mais operam nos fins de semana.
A construção civil mobiliza 97 mil trabalhadores aos sábados e domingos, empregados em 1.918 empresas. Saúde e estética, em segundo lugar, empregam 67.082 pessoas, que atuam nos finais de semana em 2.622 empresas. Em número de trabalhadores, bares e restaurantes absorvem o terceiro maior número da força de trabalho nos finais de semana: 54.107 pessoas. O setor, no entanto, possui o maior número de empresas em funcionamento, totalizando 20.305, segundo o levantamento da VR.
Trabalho por região
A pesquisa também mapeou as regiões brasileiras com maior fluxo de trabalho. A região Sudeste ficou em primeiro lugar, reunindo uma média de 400 mil funcionários, distribuídos em quase 10 mil empresas, ocupados nos finais de semana. Em seguida, ficou a região Sul, onde atuam 166 mil pessoas aos finais de semana em mais de 4 mil empresas.
Um recorte regional revela que, no estado paulista, 266.084 pessoas trabalham aos finais de semana e, no Paraná, 103.932.
“Nossos dados demonstram uma diversificação de setores que funcionam aos fins de semana. Conseguimos ter essa previsibilidade, com análises de dados, porque temos uma plataforma de controle de jornada, segura e transparente, tanto para o empregador quanto para o trabalhador. Acompanhando o mercado, conseguimos avaliar os movimentos de trabalho em vários segmentos”, explica Hendrik Machado, diretor-executivo da VR.
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