O cliente não está no centro, ele é a base, acredite!

O franchising e o varejo precisam mudar a percepção de valor sobre o cliente para terem a melhor estratégia de canais de vendas para expansão

Vamos ser justos: ele não é mais o centro das atenções e o rei, como foi denominado por muitos e muitos anos. Ele passou a ser a base de sustentação dos negócios.

Por décadas e mais décadas rotulamos o cliente com vários adjetivos, ele já foi o patrão, o rei, o que manda na empresa e centro das atenções. Todos esses termos continuam valendo, dependendo da perspectiva que estamos analisando, porém, agora, ele assumiu uma posição muito mais importante na pirâmide de desenvolvimento das empresas.

Com o avanço da tecnologia e das mídias sociais, o cliente tem ditado as regras e o comportamento nos negócios de varejo e serviços, nas franquias e nas redes de negócios.

Nenhuma estratégia, em qualquer tipo de empresa, pode ser analisada ou implementada sem considerar esse ser poderoso que tudo vê, tudo pode e tudo diz, e que nada nem ninguém detém ou controla. Com um simples comando de um equipamento na palma de sua mão pode fazer maravilhas e levar uma marca ao céu ou causar uma verdadeira catástrofe e levá-la ao pior dos mundos. Por isso, ele está sendo colocado na base da pirâmide de desenvolvimento das empresas e só a tecnologia pode ajudá-las a entender esse conjunto de atributos como seu perfil, comportamento, jornada de compras e seus desejos e, com isso, tirar o melhor proveito para a marca.

Já se foi o tempo em que as empresas desenvolviam produtos ou serviços e depois ofereciam para o mercado, pautados por uma avalanche de propagandas para despertar o interesse de seus clientes. Muitos e muitos milhões foram investidos com esse processo, causando uma dependência muito grande das ações de marketing em massa. Quanto mais agressivas e criativas, mais clientes atraiam. Porém, o valor investido em muitos casos não era possível de ser sustentado para continuar a fazer a roda girar. Com poucos recursos para reinvestir e aumentar as vendas, as empresas acabavam entrando numa guerra de preços e redução das margens.

Essa abordagem de que o cliente está na base pode parecer óbvia, porém, percebemos ao longo de nosso relacionamento com o mercado, que muitas vezes esse ser que é hoje tão empoderado não tem recebido o reconhecimento que lhe é devido, ou não é colocado no lugar que merece. Pior ainda, é tratado como se fosse igual a todos os outros, com os mesmos desejos, o mesmo comportamento e jornada de compra. As empresas continuam a fazer a mesma abordagem de vendas e atendimento, esperando que o resultado seja o mesmo de anos passados. Nada mais antigo do que essa forma de agir e pensar.

Hoje, quando o consumidor vai adquirir algo, ele já pesquisou tudo sobre o produto, o serviço e a marca, já vasculhou as opiniões de uma quantidade grande de outros consumidores que já experimentaram o produto ou já tiveram uma experiência com a marca, boa ou ruim, dispensando qualquer abordagem vendedora da equipe de vendas para convencê-lo. Não é improvável que ele esteja munido de mais informações do que o próprio vendedor. Tudo isso já não é mais novidade para nenhum empresário ou profissional de vendas.

O alerta para que o cliente seja colocado na base da pirâmide de desenvolvimento dos negócios é porque as estratégias devem ser definidas a partir dele e de seu comportamento e perfil, em todas as esferas, entre elas:

Um estudo para entender como esse cliente se relaciona com as diversas marcas que consome, sejam de produtos ou serviços, pode ser um dos caminhos, ressaltando também o uso de ferramentas e sistemas que hoje fornecem essas informações.

Por conta de todos esses atributos é que colocamos o cliente na base e não no centro, é ele o principal pilar, a base para o crescimento, expansão e sustentação dos negócios.

Claudia Bittencourt é sócia-fundadora e diretora-geral do Grupo BITTENCOURT, empresa de consultoria especializada em desenvolvimento, expansão e gestão de redes de franquias e negócios, com soluções voltadas para apoiar as empresas na definição das melhores estratégias para expansão da marca, atuando desde a definição até a estruturação e implementação de canais de vendas e distribuição – franquias e outros canais.

Uma das soluções da consultoria é a Avaliação Estratégia de Canais. Um estudo técnico para avaliar os potenciais canais para a expansão e que estejam em linha com a estratégia do negócio.

* Imagem reprodução

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