A defesa José Timotheo Barros, ex-diretor da Americanas, disse que considera “desnecessária” a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) em sua residência na manhã desta quinta-feira, 27.
Mais cedo, a PF deflagrou, em conjunto com o Ministério Público Federal, a Operação Disclosure, que busca elucidar a participação dos ex-diretores da empresa em fraudes contábeis.
Além de dois mandados de prisão preventiva, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores da Americanas, localizadas no Rio de Janeiro.
Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do RJ.
A defesa de Barros criticou a operação e disse que, “desde o início das apurações, documentos, informações econômicas e dados telemáticos foram colocados à disposição para a apuração do caso”.
“De toda forma, o fato de hoje é importante para que seja concedido pela Justiça o reiterado pedido de acesso às delações premiadas”, escreveu a defesa.
Entenda a Operação Disclosure
Um grupo de 80 policiais federais cumpriram dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nas residências de ex-diretores da Americanas, localizadas no Rio de Janeiro, incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez.
Por ordem da Justiça Federal, foi determinado o bloqueio de bens e valores dos ex-diretores, ultrapassando R$ 500 milhões. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A operação realizada pela PF conta com a colaboração com o MPF e apoio técnico da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
As investigações levantaram evidências de que ex-diretores participaram de fraudes contábeis através de operações de risco sacado, o que possibilitou à empresa antecipar pagamentos a fornecedores mediante empréstimos bancários. Também foram detectadas irregularidades em contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), incluindo a contabilização de VPCs que não existiam.
Com informações de Estadão Conteúdo (Carolina Maingué Pires)
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