O Ministério do Comércio da China acusou o Canadá de protecionismo, depois que o governo do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, impôs tarifa de 100% nas importações de veículos elétricos chineses. O anúncio, que acompanha a medida implementada nos Estados Unidos, acontece depois do incentivo feito pelo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, durante uma reunião no domingo.
Em comunicado, o ministério chinês disse que a decisão impacta “severamente” os laços econômicos e comerciais entre as duas nações, além de prejudicar os interesses das empresas dos dois países. “A China está fortemente insatisfeita e se opõe firmemente a isso”, menciona a nota, que também destaca que o Canadá violou as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). “É protecionismo comercial típico.”
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China pediu hoje para que o Canadá “não politizasse questões econômicas e comerciais”.
União Europeia e Estados Unidos
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos também revisaram as tarifas de importação sobre os veículos chineses para proteger a economia de seus países. A Comissão Europeia – braço executivo da União Europeia (UE) – chamou de um “passo intermediário” das investigações antissubsídios.
O documento determina um pequeno ajuste para baixo nas tarifas da BYD (de 17,4% a 17%), da Geely (de 19,9% a 19,3%) e da SAIC (de 37,6% a 36,3%). De acordo com a Comissão Europeia, esse ajuste considera a cooperação das empresas durante o processo de investigação e, por enquanto, é apenas um rascunho das taxas propostas. Outras empresas chinesas que cooperaram com a investigação terão taxa de 21,3% e todas as empresas que não cooperaram serão taxadas em 36,3%.
Nos EUA, Joe Biden afirmou que a China está criando excesso de capacidade em todas as suas indústrias, e que está inundando os mercados para garantir que todos os outros atores fiquem de fora.
Com informações de Estadão Conteúdo (Associated Press)
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