Governo de SP decreta ponto facultativo para reduzir efeitos da greve do Metrô e da CPTM

Paralisação deve contar com adesão da Sabesp; profissionais da rede estadual foram excluídos do decreto devido ao Provão

Governo de SP decreta ponto facultativo para reduzir efeitos da greve do Metrô e da CPTM

O Governo de São Paulo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira, 28, em função da paralisação prevista por sindicatos de trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp. A medida visa a reduzir os prejuízos à população, garantindo a remarcação de consultas, exames e demais serviços que estavam agendados para a data da greve. As linhas concedidas do metrô e trens vão funcionar normalmente nas Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.

O decreto que oficializa o ponto facultativo será publicado no Diário Oficial do Estado. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão continuar a oferecer normalmente as refeições previstas para terça.

As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo.

Em comunicado enviado à imprensa, nesta segunda-feira, 27, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) declarou que os prejuízos ao comércio podem ultrapassar R$ 60 milhões. Em nota de repúdio à greve, a entidade compreende que a ação tem motivação política e, por essa razão, desaprova a iniciativa.

Segundo a categoria de trabalhadores, a greve conjunta do funcionalismo público estadual foi programada para protestar contra as privatizações na Sabesp, Metrô e CPTM, reintegração dos metroviários demitidos na paralisação realizada em outubro e por um ensino público de qualidade.

Provão

Mais de 1,2 milhão de estudantes inscritos no Provão Paulista, cujo exame começaria na terça-feira, 28, tiveram suas provas reagendadas para a partir do dia 29 para que não fossem prejudicados pela ação dos grevistas.

Entre eles, estão cerca de 1,7 mil alunos de outros estados e de fora da rede estadual que agora terão de arcar com novos custos em razão da greve. Os profissionais da educação estão excepcionalmente excluídos do ponto facultativo, já que estarão envolvidos na preparação do Provão que ocorre dia 29.

Por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos, sob pena diária de R$ 30 mil ao sindicato.

O Governo de São Paulo também protocolou um pedido de tutela antecipada na Justiça contra a paralisação pelos metroviários. O pedido do Metrô, que ainda aguarda decisão final do judiciário, obriga a presença de 100% dos funcionários do sistema de transporte durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.

Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile