A Volkswagen e a parceira Saic Motor, donas de uma joint venture que opera unidades de produção na China, venderam uma fábrica considerada “controversa” na região de Xinjiang, que foi fonte de polêmicas sobre ligações com uma suposta perseguição chinesa às minorias uigures. A questão levantou preocupações sobre direitos humanos para a montadora alemã.
O local foi vendido para o Shanghai Motor Vehicle Inspection Center, subsidiária da empresa estatal de infraestrutura Shanghai Lingang Economic Development.
Em comunicado, a fabricante alemã alegou a venda “por razões econômicas”, como parte de um realinhamento estratégico. Os termos financeiros da venda não foram divulgados e o acordo ainda deixa a joint venture Saic Volkswagen com quatro fábricas restantes.
No ano passado, sob pressão de investidores e dos governos da Alemanha e dos Estados Unidos, a Volkswagen concluiu uma auditoria no local e disse que não encontrou evidências de abusos de direitos humanos.
Em seguida, a fabricante recebeu novas acusações de trabalho forçado em uma pista de testes separada da fábrica, o que também foi descartado.
A Volkswagen planeja aumentar suas vendas e participação no mercado de veículos da China até 2030, com um “portfólio específico para a China”, focado em avanços tecnológicos e no mercado de carros híbridos e totalmente elétricos (EVs, na sigla em inglês).
A montadora definiu como meta principal atingir 4 milhões de vendas anuais em 2030, se tornando a maior produtora internacional no mercado chinês, com crescimento no resultado operacional correspondente a 3 bilhões de euros (US$ 3,21 bilhões). Caso conquistado, o número representará aumento de 23% em relação as vendas do ano anterior na China e uma participação de mercado de 15% em um ambiente altamente competitivo.
Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Shutterstock