O executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, há anos vincula seus negócios pessoais à participação dele na montadora. Agora, usar ações dela para ajudar a financiar a compra por US$ 44 bilhões do Twitter leva essa conexão a um nível mais profundo. A depender do quadro, ele poderia inclusive se ver pressionado a vender parte de seus papéis da montadora Tesla.
Uma parte importante do plano de financiamento inclui US$ 12,5 bilhões em empréstimos, lastreados em mais de US$ 62,5 bilhões em ações da Tesla que Musk possui, ou cerca de 40% da fatia dele na empresa. A Tesla e vários bancos têm regras que exigiram dele colocar mais colateral, se as ações da companhia recuarem no valor.
Tomando-se em conta o preço do papel na quarta-feira (27), Musk teria de satisfazer bancos com mais colateral, caso as ações da Tesla recuassem 43%, a cerca de US$ 504. Nesse caso, os banco teriam que exigir um adicional de US$ 14 bilhões, ou 28,5 milhões nesse nível citado, além das 70,9 milhões delas necessárias para o colateral original, ao preço da quarta-feira.
A história geral da ação da Tesla tem sido de crescimento, de mais de 18.000% desde sua oferta pública inicial, no ano de 2010. Mas ela recuou 13% na terça-feira (26), quando investidores digeriam, entre outras coisas, o que o envolvimento de Musk no Twitter pode significar para outros segmentos de seu império. Desde 4 de abril, a ação recua mais de 20%.
Com informações de Estadão Conteúdo:
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