O volume de livros vendidos no décimo período de 2019 cresceu 0,96%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos de faturamento, o crescimento foi de 3,74%. Os números foram analisados de acordo com dados dos principais varejistas livreiros do país, apurados pela Nielsen e pelo SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros).
Ainda de acordo com a pesquisa, entre os meses de setembro e outubro de 2018, o volume de vendas era de 2.996 milhões de exemplares e, neste ano, passou para 3.025 milhões, aumentando também o faturamento de R$ 112.734 milhões para R$ 116.952 milhões.
“A sensação de navegar por águas desconhecidas já não é tão latente, embora as certezas até então observadas nem sempre sejam estimulantes, o que deve ser encarado como exercício para lidar com o pior da crise do canal varejo. A sensação é de que teremos melhores condições de navegação”, disse Ismael Borges, gestor da divisão do Bookscan – ferramenta Nielsen que monitora o varejo de livros no Brasil.
No acumulado do ano, o ritmo de recuperação se manteve contínuo, porém com baixa de 10,26% em volume e 9,53% em valores, em comparação com os dados de 2018. É uma sensível recuperação do cenário, uma vez que nos primeiros três meses de 2019 foram contabilizadas perdas de 22,5% em volume e 21,18% em valores.
“São bons números, mas o período 10T é um dos menores do ano, representando historicamente 6,3% das vendas totais. Os próximos períodos serão muito importantes para o mercado, pois incorporam os meses em que a crise das grandes redes atingiu o seu auge em 2018”, afirmou Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL.
*Imagem reprodução