A indústria do brinquedo concentra suas vendas nos últimos meses do ano, responsáveis por quase 70% do movimento anual, de acordo com dados estatísticos da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). Em 2016, por exemplo, de agosto a dezembro, a indústria contabilizou 64,1% do movimento anual. Em 2017, o faturamento total da indústria foi de R$ 6.391.900,00 (64% das vendas entre agosto e dezembro), sendo que a produção nacional chegou a R$ 3.771.200,00.
“O Dia das Crianças e o Natal concentram o maior volume de negócios do setor, e as encomendas mostram que continuamos avançando”, disse Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq. De acordo com ele, os preços dos brinquedos estão estagnados, e mais de 60% da oferta está na faixa de R$ 50,00. “A indústria torce pelo aumento do consumo per capita”, afirmou.
Ao longo do ano e atenta às duas principais datas, a indústria habitualmente prepara mais de mil lançamentos de brinquedos, contribuindo para a constante renovação do mercado. Batista da Costa estima que o mercado nacional do brinquedo atingirá R$ 7 bilhões este ano, com um crescimento de 8%.
O setor teve aumento do número de fábricas, passando de 380 em 2016 para 406 em 2017, enquanto o número de vagas, próprias ou terceirizadas, subiu de 32.681 para 33.791. Entre os brinquedos mais vendidos no ano passado, estão as bonecas e bonecos em primeiro lugar, com 18,9%, seguidos pelos veículos (carrinhos, motos, pistas), 15,5% e os esportivos (patins, triciclos, bicicletas), com 13,5%; jogos e as linhas de reprodução do mundo real (jogos de panelas, kit mecânico, etc) ficaram empatados com 9,1%.
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