Na manhã desta sexta-feira (29), o Mercado & Consumo em Alerta reuniu Ilca Sierra, diretora de Marketing multicanal da Via Varejo; Manoel Alves Lima, CEO e diretor de Estratégia da FAL Design; Alexandre Canatella, CEO do Cybercook e Márcio Utsch, empreendedor e presidente do Conselho da Hapvida para falarem sobre transformação digital nas empresas, assunto cada vez mais relevante na atualidade.
Para o CEO da FAL Design, integrar o digital com clareza, mas sem torná-lo o protagonista da loja é um dos caminhos dentro dessa transformação. Ainda segundo ele, varejista precisa entregar aquilo que o consumidor quer, da forma que ele deseja. “O varejo é um processo de encantamento e não podemos deixar que isso se perca. Tornar a experiência do consumidor é descobrir o propósito associado com a celebração de viver”, disse.
Nas lojas, o que as pessoas menos querem encontrar é gente policiando seus movimentos e passando novas regras, normas e códigos de conduta. Ações como essa, segundo Manoel Alves Lima, só contribui para restringir ainda mais a liberdade do público e tornar o varejo monótono e burocrático.
Outro ponto destacado pelo empresário foi com relação às regras de higiene, altamente divulgadas devido a pandemia da Covid-19. Para ele, a informação é importante, mas só falar sobre esse tema pode provocar associações que não são interessantes. “A população já está assustada com tudo que está acontecendo. Ser ‘atacada’ com cartilhas de boas regras de higiene não é o caminho, até porque as pessoas sabem a importância desta ação”, explicou.
O executivo acredita na criatividade das corporações e no impacto que ela vai gerar daqui pra frente. Segundo ele, nossa criatividade precisa estar orientada em como dar os próximos passos sobre como o varejo deve se preparar e o que o consumidor que ver nas lojas. Lima citou o exemplo da loja da Louis Vuitton, que convocou seus funcionários e colaboradores, assim como seus filhos, para desenharam as portas das lojas ao redor do mundo. A iniciativa inédita, chamada de “The Rainbow Project”, consiste em diversas versões do arco-íris que, para a maison, representa “um símbolo de esperança e de embarque em uma nova aventura após a tempestade”.
“Depois dessa trombada com a situação dramática e tensa que estamos vivendo, e de termos passado tanto tempo em casa, sequestrados pelo vírus, o que mais desejamos é aproveitar a vida, ver gente, e se presentear pela coragem que demonstramos e pela carga de trabalho doméstico extra a que fomos submetidos”, contou Manoel.
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