Um sindicato que representa funcionários da Samsung Electronics convocou uma greve inédita na história da gigante de tecnologia sul-coreana, após negociações salariais terminarem sem um acordo.
O plano é que membros do sindicato tirem coletivamente um dia de licença remunerada no dia 7 de junho, em um primeiro passo em direção a uma possível greve em grande escala.
“Não podemos mais tolerar a opressão trabalhista e a opressão sindical. Estamos declarando uma greve, diante da atitude da diretoria de ignorar os trabalhadores”, dizia uma faixa exibida por membros do sindicato que se reuniram nesta quarta-feira.
Uma porta-voz da Samsung Electronics disse que a empresa não comentaria a última declaração do sindicato.
O sindicato e a diretoria da Samsung Electronics realizaram várias rodadas de conversações e negociações desde janeiro, mas não conseguiram chegar a um acordo. O sindicato alega ter cerca de 28 mil membros, representando cerca de um quinto do quadro de funcionários da empresa.
Na Bolsa de Seul, a ação da Samsung Electronics fechou em baixa de 3,1% nesta quarta-feira, após notícia sobre a possível greve.
Se a paralisação for confirmada, será a primeira na história de trabalhadores da Samsung.
Demissão de executivo
A Samsung Electronics substituiu o chefe do seu negócio de semicondutores, que também atuou como co-CEO, depois que a empresa sul-coreana ficou atrás dos rivais no recente boom da Inteligência Artificial.
Em uma reunião de acionistas em março, o chefe da divisão de chips, Kyung Kye-hyun, que ocupou o cargo por pouco mais de dois anos, reconheceu as recentes deficiências da Samsung. “Estaremos bem preparados para garantir que isso nunca mais aconteça”, disse Kyung, de 61 anos, respondendo à pergunta de um acionista sobre a empresa ter aparentemente ficado para trás na tecnologia HBM.
Quem o substituirá será Jun Young-hyun, de 63 anos, que supervisionou a estratégia de negócios futuros da Samsung Electronics e suas afiliadas próximas.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires).
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