A transformação das franquias é destaque do LATAM Retail Show

As franquias, assim como todo o varejo, estão passando por uma transformação. Para falar sobre o tema, Luis Filipe de Souza Sisson, fundador e presidente da fabricante e vendedora de piscinas iGui; Marcello Farrel, diretor de divisão da marca de fast food Bob’s e Décio Pecin, CEO da rede de escolas de idiomas CNA, participaram do painel “O futuro que já chegou no franchising e nas redes de negócios”, que aconteceu no LATAM Retail Show com a curadoria de Lyana Bittencourt, sócia-diretora do Grupo Bittencourt.

Lyana abriu o painel trazendo um panorama do franchising. De acordo com ela, as franquias eram um negócio para pequenos e micro empresas. “O digital trouxe uma grande revolução. Companhias grandes que não eram franquias, nem nunca foram, passaram a investir no formato de franquias”, explicou.

Um exemplo interessante é o de indústrias que estão lançando franquias de marcas já consagradas, como a Procter & Gamble que lançou as lavanderias da marca Ariel. “Se marcas desconhecidas se tornam conhecidas com o franchising, imagina o poder da indústria com marcas já consagradas”, disse.

O modelo de franquias evoluiu e se transformou em plataformas exponenciais. Nelas, o crescimento é rápido, a tecnologia é usada para conectar as pessoas, se fortalecem com base na demanda e não na oferta, entre muitas outras características. “Antes que nossas fraquezas causem um infarto fulminante, é preciso fazer mudanças. E, para isso, precisamos de líderes com mentalidade global e líquida”, esclareceu.

Sisson contou um pouco sobre a história da rede iGui, que conta com mais de 800 franquias nos cinco continentes. “Parece uma grande coisa, mas o mercado de piscinas é muito pequeno. O segundo colocado tem um quinto da nossa produção”, contou.

O executivo falou um pouco das tecnologias utilizadas pela companhia. Entre elas está a internet das coisas, utilizada para o controle de funções das piscinas, como filtragem, aquecimento, cascata e iluminação. Para atender toda a demanda por tecnologia, a empresa tem uma área de Tecnologia da Informação própria. “No começo foi muito penoso internalizar esse trabalho, mas hoje é muito bom e não imaginaria fazer isso fora”, falou.

Ele falou da importância da comunicação online. “Sempre que vou comprar um carro, mando um e-mail para a empresa. Nunca recebi uma resposta. Como pode gastar milhões com tecnologia e simplesmente ignorar um e-mail?”, provocou Sisson.

Farrel contou um pouco da rede Bob’s. A empresa surgiu em 1952, no Rio de Janeiro e naturalmente se expandiu para outras regiões. “Hoje não adianta ter um bom preço. É preciso oferecer uma experiência de compra de qualidade, além de um bom produto e sem atrito com o consumidor”, explicou.

O cliente quer personalização, quer algo só seu. “Atender esta customização sem prejudicar o tempo gasto em produção foi um desafio”. As lojas da rede também sofreram mudanças para se adaptar ao gosto do consumidor, com a inclusão de terminais de autoatendimento. Foram lançados também o Bob’s Fã que é um clube de fidelidade, o aplicativo, marketplaces delivery, entre outras adaptações. Também tiveram que ser inseridas opções de tamanho para os sanduiches, o que só existia para o milk-shake e era um desejo do consumidor.

Pecin apresentou o quadro do ensino de idiomas no Brasil Aprender línguas é impotante para apenas 19% da população. 81% não pensam nisso. “Isso significa que podemos atingir 19% da população brasileira”, falou.

61,8% das pessoas que estudam inglês o fazem em escolas presenciais. A grande novidade foi a chegada das aulas online, mas que ainda são chatas e pouco dinâmicas. “A fim de atender este público, lançamos o CNA Go, em formato semipresencial e que pode ser adaptado às diferentes necessidades dos alunos”, falou.

(Foto: Terassan Fotografia​)

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