A recuperação judicial da 123milhas deve permitir que a companhia acelere soluções com credores para, progressivamente, reequilibrar a sua situação financeira. A agência de viagens se pronunciou após vir a público o pedido de recuperação judicial feito junto à Justiça de Minas Gerais nesta terça-feira, 29.
Em nota, a empresa afirmou que a medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. Ressaltou ainda que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados.
“A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”, disse ainda a companhia no pronunciamento à imprensa.
A dívida acumulada pela empresa, que levou ao pedido de recuperação judicial, é de cerca de R$ 2,3 bilhões. O montante inclui as dívidas da companhia sujeitas à recuperação judicial, podendo haver ainda outros passivos que não entram nesse dispositivo legal.
Demissão de funcionários
Diversos funcionários da 123milhas relatam que foram demitidos nesta segunda-feira, 28, em postagens no Linkedin. Segundo planilha organizada pelos colaboradores, há pelo menos 89 pessoas impactadas pelos desligamentos da empresa.
Em nota, a 123milhas disse ter iniciado nesta segunda-feira um plano de reestruturação interna, “com redução do tamanho da equipe para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado. Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”. A 123milhas não informou, no entanto, quantos funcionários foram demitidos.
No dia 18 deste mês a agência de viagens informou a suspensão de pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais, oferecendo reembolso em vouchers para uso na própria empresa. Segundo a empresa, a medida foi tomada “devido à persistência de circunstâncias de mercado adversas”.
Com informações de Estadão Conteúdo
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