O conselho de administração da Natura & Co autorizou a diretoria da companhia a explorar “alternativas estratégicas” para a The Body Shop, marca do grupo com atuação predominante na Europa. As opções incluem a venda dessa unidade de negócios.
Há cerca de um mês, alguns bancos de investimento já haviam publicado relatórios mencionando a possibilidade de venda desse ativo e reposicionando suas expectativas de preço para a companhia.
Com o anúncio, a ação da empresa chegou a ser a segunda mais negociada no pregão de ontem da B3, com ganho de mais de R$ 1 bilhão em valor de mercado em menos de 30 minutos. No fim do dia, os papéis fecharam em alta de 2,22%.
Em 20 de junho, as ações da empresa subiram mais de 5% depois de um relatório do Bradesco BBI atualizar as expectativas em relação à companhia. Recentemente, Itaú BBA e JP Morgan também publicaram comentários sobre a empresa.
A Natura assumiu as operações da The Body Shop na América Latina em 2019. O movimento fazia parte da estratégia de captura de sinergias pelo grupo Natura &Co, alinhado com o plano de transformação da marca britânica de cosméticos, com o objetivo de fortalecer sua presença na região, preservando a independência e a identidade das duas companhias.
“Nosso principal objetivo é ampliar a presença da The Body Shop na região, preservando sua identidade feminista e ativista e seus importantes atributos de produtos, como ingredientes naturais produzidos de forma sustentável por meio do comércio justo com as comunidades economicamente vulneráveis. Combinar o vasto conhecimento da Natura nos mercados brasileiros e latino-americano com a singularidade da The Body Shop certamente levará a presença da marca para outro patamar”, afirmou Paula Andrade, diretora de Varejo da Natura na ocasião.
Hoje, a The Body Shop tem cerca de 160 lojas na América Latina, entre franquias e lojas próprias, com presença no Brasil, Chile e México.
Com informações de Estadão Conteúdo (Talita Nascimento)
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