E-Commerce: índice de vendas cai 9,15% em agosto ante julho

A reabertura do comércio físico já começa a dar mostras em relação ao “boom” do e-commerce no primeiro semestre de 2020. De acordo com o índice MCC-ENET, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico em parceria com o Movimento Compre&Confie, as vendas online tiveram uma queda de 9,15% em agosto em relação ao mês anterior (julho). É apenas a segunda vez que as vendas do e-commerce regridem desde a chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil.

A primeira vez que as vendas online sofreram queda no primeiro semestre de 2020 foi em fevereiro, mês em que o comércio eletrônico costuma sofrer baixas depois de bons números em dezembro em janeiro. Desde então, foi só crescimento, com exceção de junho, mês em que se deu a flexibilização do comércio físico na maioria dos Estados brasileiros.

A queda em agosto já era esperada por conta da reabertura do comércio, porém, é importante destacar que 9,15% ainda é um índice baixo em relação ao espaço conquistado pelo e-commerce no primeiro semestre. Em maio, por exemplo, o índice MCC-ENET mostrou um crescimento de 29,15% em relação a abril, que já era um mês de ascendência do comércio eletrônico.

Faturamento de R$ 38,8 bi no primeiro semestre

De acordo com o último relatório da Ebit|Nielsen, o e-commerce faturou R$ 38,8 bilhões de janeiro a junho de 2020, uma alta de 47% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, a pandemia da Covid-19 mudou o comportamento de consumo e acelerou a adoção dos canais digitais em todos os cortes sociodemográficos.

“Nossas projeções indicam que a penetração do digital foi acelerada em cinco anos no Brasil. Por outro lado, a queda apontada pelo estudo configura uma dinâmica que já era esperada com o aumento da circulação das pessoas devido à gradual flexibilização das medidas impostas pelos Estados e municípios e pelo aumento da confiança do consumidor. Apesar da queda pontual na comparação entre os meses, acreditamos que o espaço conquistado pelo digital na pandemia não retrocederá, mas sim reduzirá o ritmo de aceleração que foi alavancado com a pandemia”, disse.

* Imagem: Reprodução

Redação

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