O e-commerce brasileiro faturou em 2016 o total de R$ 53,4 bilhões – crescimento de 11% em relação a 2015. Para 2017 a previsão é que o setor alcance R$ 59,9 bilhões, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).
Para Mauricio Salvador, presidente da ABComm, a crise econômica não muda a trajetória de crescimento do setor, mas afeta seu potencial. “Se por um lado a expansão e elevação da Classe C e D, para a classe média aumentou o poder de consumo dos brasileiros, por outro a crise econômica teve um efeito negativo que afetou essa nova camada social”.
Natal
As vendas de Natal totalizaram R$ 7,7 bilhões no e-commerce em 2016, representando crescimento nominal de 3,8% ante o mesmo período do ano passado, aponta o monitoramento da Ebit, empresa de informações sobre o comércio eletrônico nacional.
O tíquete médio também foi maior, fechando em R$ 463, alta de 10,3% na comparação com o mesmo período de 2015. O volume total de pedidos ficou abaixo do apurado no ano anterior (-5,9%), com 16,6 milhões de encomendas, o que não chegou a impactar no faturamento total.
A Ebit considerou as vendas de bens de consumo realizadas em lojas virtuais no período de 15 de novembro a 24 de dezembro. As vendas da Black Friday, realizada em 25 de novembro, que totalizaram R$ 1,9 bilhão, estão, portanto, incluídas e correspondem a 25% do faturamento total.
“As expectativas que se confirmaram positivas com relação à Black Friday não se estenderam para todo o período do Natal. As vendas natalinas foram mais concentradas nos dias da Black Friday e consequentemente esfriaram nas semanas seguintes. Outra questão relevante foram os indicadores macroeconômicos que apresentaram redução da confiança do consumidor nos últimos dois meses e, em contrapartida, o aumento da incerteza com relação à economia brasileira. Isso refletiu diretamente nas vendas do varejo restrito, incluindo o e-commerce”, disse Pedro Guasti, CEO da Ebit.
O Natal é o principal período do ano para o varejo eletrônico, segundo a Ebit. As vendas da Black Friday corresponderam a 30% do total de novembro e foram 16 vezes maiores do que a média diária de 1 a 20 de novembro.
De acordo com o monitoramento Ebit, as categorias mais vendidas em volume de pedidos na época do Natal foram: eletrodomésticos; moda e acessórios; telefonia/celulares; cosméticos e perfumaria/cuidados pessoais/saúde e casa e decoração.