Segundo Claudia Elisa, membro do conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é preciso cuidar das pessoas além do lado financeiro no mundo DC (Depois do Coronavírus). Durante participação em mais uma edição do Mercado & Consumo em Alerta, Claudia disse que as empresas têm cuidado das pessoas em um sentido emergencial, preparando o home office. Ao terminar o isolamento social, além de analisar o cenário será necessário partir para ação de forma mais direta em relação ao cuidado com as pessoas.
Participaram também, ao lado de Claudia, a diretora de RH da Kimberly-Clark, Alessandra Morrison e o fundador e CEO da Constance Calçados, Cássio Noronha.
Para a executiva, o perfil e competências voltadas à familiaridade com tecnologia e trabalhos a distância serão mais valorizados pelas empresas em prol de maior produtividade. “Eu vejo dois tipos de raciocínio coexistindo. Por um lado as empresas estão agindo numa visão de oferecer o conforto para a visão emocional e por outro estão discutindo novas competências ou então uma aceleração de competências que as empresas já estavam se preparando”.
Claudia acredita que as reflexões de estar mais perto da família já existiam. Para ela, a realidade atual leva as pessoas a viverem com mais intensidade o quanto valorizam ou priorizam estar próximos à família. Além disso, as empresas aprenderam a tomar decisões mais rápidas e falar mais francamente devido à necessidade de tomarem decisões quase imediatas e mudarem na mesma velocidade.
Questionada sobre a mudança no mindset dos conselhos das empresas, a executiva disse que o momento ideal para pensar nessas mudanças não seria durante uma crise, mas “todos deixam para se mexer na a última hora”. Segundo ela o foco no cliente veio pra ficar e a discussão muito praticada sobre o passado agora precisa ser pensada no futuro.
* Imagem reprodução