Idealizada pelo diretor cocriativo André Carvalhal e pelo Grupo Reserva, a marca lança e-commerce e inaugurou nesta semana um espaço de 200 m² na Rua Carlos Goés 208, no Leblon (RJ): a Academia da AHLMA, que combina moda e serviços alinhados a valores como consciência e colaboração.
Ali, os amigos e clientes passam a ser recebidos com um bar de sucos prensados a frio da Amì, acompanhado de pequeno mercado de produtores locais, e são apresentados a itens da linha Supernova, com produtos que vão desde velas aromáticas até capacete para motos.
Há espaço ainda para uma lavanderia ecológica, um laboratório para personalização, um brechó coletivo — que receberá todos os meses peças selecionadas por brechós de todo Brasil — e uma arara com acervo de roupas para empréstimo e pagamento por mensalidade, mais o estoque aberto ao público com autoatendimento.
Coleções de outros 30 colaboradores e novos criadores, como Haight, Handred, Guto Carvalho Neto e Sueka, complementam a experiência, ao lado de marcas já estabelecidas como Vert e Zerezes.
No segundo andar, fica o Espaço Ahtma, onde acontecerão aulas de dança, yoga e meditação, e cursos para a expansão da consciência. Tudo com grade fixa e adesão por mensalidade e aulas avulsas. Este espaço também receberá eventos como karaokês, sessões de cinema e festas.
Consciência e colaboração
A marca carioca AHLMA nasce em tempos de consciência e colaboração, tempos de cortar os excessos, de repensar os processos. A marca propõe um consumo inteligente, que se preocupe com a origem de seus produtos, minimize o impacto da moda na natureza e desafie a lógica do mercado.
Com o intuito de reduzir o impacto, as coleções são pensadas para terem vida útil maior e o processo de produção é invertido.
Ao contrário das marcas convencionais, em que o estilista desenha as peças para depois comprar a matéria-prima, a marca busca materiais disponíveis para reaproveitamento e só depois são feitas as criações. Coleções mensais chegarão à loja, acompanhando a temperatura real, e sob a demanda desse novo consumidor, tido como cocriador. A preocupação com o processo de produção e pós-uso das peças justifica a opção pela utilização de materiais orgânicos, biodegradáveis e reciclados.
A criação é feita a muitas mãos, com uma equipe multidisciplinar, colaboradores externos em workshops de cocriação de coleções, e por meio de uma plataforma de crowdsourcing no site Colabore, onde qualquer pessoa pode participar dos briefings disponibilizados pela marca, com recompensas financeiras.
“Focamos em coleções atemporais e incentivamos o cuidado, a troca e o compartilhamento de peças para que durem muito. Criamos para pessoas reais, cheias de desejos e, como nós, apaixonadas por moda. O que a gente não acredita é em uma cultura tão pouco flexível, que gera dependência ao invés de confiança e propõe padrões estéticos impossíveis de se sustentar”, diz André Carvalhal.