O Brasil registrou mais de 1,4 milhão de empresas abertas no segundo quadrimestre de 2021, segundo dados do novo Boletim do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, divulgado nesta quinta-feira, 30. O número, recorde para o período, representa um crescimento de 1,9% em relação aos quatro meses anteriores e de 26,5% em comparação com o mesmo período de 2020.
De maio a agosto deste ano, 1.420.782 novos negócios foram abertos no País, enquanto outros 484.553 tiveram as atividades encerradas no período. O saldo positivo de 936.229 foi incorporado ao total de empresas ativas, que agora é superior aos 18 milhões.
A atividade econômica que representou o maior fluxo de novos negócios foi a de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 82.943 novas empresas abertas (quase 5% do total do período). Outros ramos que tiveram destaque foram os de promoção de vendas (67.888 novas empresas, cerca de 4% do total), cabeleireiros, manicure e pedicure (46.137 novas empresas, cerca de 3% do total) e obras de alvenaria (45.957 novas empresas, cerca de 3% do total).
Com 3.160 empresas criadas nos últimos quatro meses, o Acre foi o Estado que apresentou o maior crescimento porcentual de novos negócios, 26,6% superior em relação aos primeiros meses de 2021 e mais de 41,7% do que registrava no segundo quadrimestre de 2020. Amapá, Rondônia, Alagoas e Roraima seguem o ranking de crescimento porcentual no Mapa de Empresas.
O boletim destaca que o registro automático de empresas, a Lei da Liberdade Econômica (Lei 13.874/2019), a dispensa de alvarás para o exercício de atividades de baixo risco e a recente Lei nº 14.195, que busca simplificar a abertura e o funcionamento de empresas no país, foram causas para os reflexos no número de novos negócios.
Segundo o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, a transformação digital também simplificou e agilizou o processo.
“O uso da assinatura do GOV.BR nas juntas comerciais, por exemplo, tem reduzido os custos e o tempo para que o usuário tenha seu negócio formalizado. Os recordes em registros de novas empresas reforçam cada vez mais a opção do brasileiro pelo empreendedorismo e criação de novos negócios”, destaca Andrade.
Atualmente, um empreendedor leva em média 2 dias e 16 horas para a abertura de um novo negócio, segundo o Mapa de Empresas, 13 horas a menos do que o registrado nos primeiros quatro meses do ano e 5 horas a menos do que ocorria no mesmo período de 2020.
O secretário de Governo Digital, Luis Felipe Monteiro, reforça que a Estratégia de Governo Digital 2020-2022 definiu como meta diminuir para um dia o tempo médio de abertura de empresas no Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriela Brumatti)
Imagem: Envato