A quantidade de espaços desocupados nos shopping centers em 2019 deve ficar entre 4,5% e 5% da área disponível para lojistas, o que representa uma tendência de leve queda em relação ao patamar de 5% alcançado no fim de 2018 e de 6% no fim de 2017, de acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
A melhora nos indicadores de ocupação do setor é reflexo de uma combinação de fatores, que passam pelo menor ritmo de abertura de novos shoppings, bem como pela recuperação da economia brasileira e da demanda de varejistas por novos pontos de vendas, de acordo com a avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai.
“Já sentimos um maior apetite dos lojistas por espaços nos shoppings porque eles já entendem que o ambiente econômico está mais favorável”, comentou Humai. De acordo com ele, houve uma aceleração no ritmo de assinatura de novos contratos de locação entre donos de shoppings e varejistas desde o segundo semestre do ano passado, o que deverá se refletir em um aumento gradual na ocupação daqui para frente.
Humai acrescentou que o apetite está maior entre todos os tipos de varejistas, desde grandes redes até pequenas franquias. Ele lembrou que os shoppings inaugurados durante a crise, principalmente em cidades do interior do país, tiveram mais dificuldade de achar lojistas, sofrendo com espaços vagos. Nos empreendimentos mais jovens (abertos há menos de cinco anos), a vacância ainda está em um porcentual na ordem de dois dígitos, disse o executivo.
Segundo balanço da Abrasce, o número de lojistas nos shoppings passou de 102,3 mil em 2017 para 104,9 mil em 2018, um aumento de 2,6%.
O presidente da associação também reiterou a expectativa de que os descontos nos aluguéis e outras concessões feitas por donos de shoppings aos lojistas durante a crise continuam sendo retirados gradualmente nos próximos trimestres. Pontualmente, em alguns shoppings localizados em áreas nobres, com muito fluxo de visitantes, pode haver algum reajuste no aluguel, estimou.
Fonte: Agência Estado
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