Assim como ocorreu no varejo e em outros setores diante da pandemia de covid-19, os serviços bancários devem integrar cada vez mais o físico com o digital, com a oferta de multifunções. Para atender essa demanda, a Tecban, gestora do Banco24Horas, tem ampliado o investimento nos espaços multibancos, que seguem um conceito de atendimento em um ambiente onde clientes de diferentes instituições podem ser atendidos. A ideia é levar o serviço em regiões mais remotas, que não têm atendimento bancário.
Ao todo, são sete espaços multiúso em funcionamento. Em março de 2019, a cidade de Parnaíba (PI) recebeu o primeiro Espaço Banco24Horas do Brasil. No ano passado, seis novos endereços do Espaço Banco24Horas foram inaugurados, somando investimentos de R$ 1,5 milhão. Os novos Espaços que já estão em funcionamento ficam localizados em Belém (PA), Parauapebas (PA), Belford Roxo (RJ), Carapicuíba (SP), Campina Grande (PB) e, agora, em Caruaru (PE).
“Acreditamos muito na integração do físico e do digital – como a prova de vida, autorizar favorecidos – empréstimos, recarga de celular e recarga de TV. Por isso, é importante o canal físico para melhorar a experiência e a personalização”, afirma Fabiana Oda, gerente-executiva de expansão e autoatendimento da TecBan.
Fabiana destaca que os caixas cada vez mais serão multifunções, com outros serviços, com a diversificação de serviços. Nos espaços multibancos, cada instituição decide quais serviços quer oferecer ao seu cliente entre as 90 transações disponíveis. Os equipamentos disponíveis recebem o pagamento de contas em dinheiro e dão troco.
Foco em varejistas e comerciantes
Outra solução que a empresa pretende ampliar em 2022 é o +Varejo Banco24Horas. Lançado em 2019 com foco em varejistas e comerciantes, o serviço registrou mais de 13,5 milhões de transações de depósito no ano passado, totalizando R$ 18,5 bilhões depositados em mais de 2,7 mil caixas eletrônicos do País.
O serviço permite que varejistas façam depósitos sem envelopes, no mesmo caixa eletrônico utilizado pelo público em geral. Isso gera uma melhora na circulação do dinheiro, pois as notas depositadas podem ser sacadas por outras pessoas que usam os caixas eletrônicos da empresa.
“Os números mostram que o dinheiro segue relevante no comércio, sendo o principal meio de pagamento do consumidor. A nossa solução busca justamente oferecer maior comodidade e segurança, pois a TecBan se responsabiliza pelo dinheiro no momento do depósito”, diz Fabiana.
Por enquanto, a tecnologia está presente em 3.200 dos 24 mil caixas eletrônicos. Em 2022, a ideia é ampliar em 1.000 o número de equipamentos instalados, de forma a aumentar a capilaridade do serviço. Esse é um equipamento mais caro. Nosso grande desafio é equilibrar a entrada e saída [de dinheiro] nesses equipamentos para suprir a necessidade [dos clientes]”, explica.
Além de varejistas, pessoas físicas clientes do Banco do Brasil, Celcoin, BRB e BMS podem realizar depósitos pelo serviço. A expectativa é que novas instituições ofereçam estes recursos para seus clientes ao longo do ano.
O impacto da circulação desse dinheiro é positivo. Segundo um estudo da própria Tecban, mais de 80% das pessoas que fazem saques nos caixas eletrônicos acabam gastando no próprio estabelecimento.
Dos 24 mil equipamentos espalhados pelo País, 60% estão em regiões das classes C, D e E, mas atende também outros perfis sociais.
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