Entregadores de aplicativos de 59 cidades do Brasil entraram em greve nesta segunda-feira, 31, e seguem com a paralisação até terça-feira,1. O movimento busca pressionar as principais plataformas de delivery, como iFood e Uber Flash, a oferecerem melhores condições de trabalho e remuneração.
Nas redes sociais, vídeos mostram os profissionais fazendo protestos em algumas capitais: Recife, Natal, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre.
Em Brasília, a concentração acontece na Torre de TV, que fica na região central. Pelos menos 200 motociclistas são esperados pelo movimento, puxado pelo Sindimoto-DF, Instituto Duas Rodas e pela Amae, Associação dos Motofretistas e Entregadores de Aplicativos.
Os profissionais querem taxa mínima de R$ 10 por entrega, atualmente esse valor é de R$ 6,50; pagamento de R$ 2,50 por quilômetro rodado na entrega; e o pagamento integral de cada entrega, mesmo que exista mais de um pedido no mesmo trajeto. Além disso, especificamente para as entregas de bicicleta, eles pedem um limite de três quilômetros.
O presidente do Sindimoto, Luiz Carlos Galvão, diz que o objetivo é fechar um acordo coletivo de trabalho com cada empresa.
Segundo ele, o sindicato vai entregar um pedido ao Ministério do Trabalho e Emprego solicitando uma mesa de negociação entre os trabalhadores e as empresas. O ofício menciona algumas das principais plataformas, como iFood, Uber e 99.
Em nota, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia) afirmou que empresas associadas mantêm diálogo contínuo com os entregadores. E que buscam equilibrar as demandas dos trabalhadores com as dos consumidores.
Sobre a remuneração, disse que a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024. Afirmou ainda que apoia a regulação do setor, para garantir a proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades.
Com informações de Agência Brasil
Imagem: Agência Brasil