A Via Varejo é uma forte candidata a liderar a próxima inclusão digital, revela relatório do Banco Safra enviado a clientes. No último trimestre, a empresa teve um volume bruto vendido nas operações de e-commerce de R$ 5,081 bilhões, crescimento de 280%.
Segundo os analistas Guilherme Assis e Felipe Reboredo, a varejista tem condições de estender o negócio tradicional de crédito ao consumidor para a Casas Bahia e seus mais de 85 milhões de clientes.
Roberto Fulcherberguer, CEO da Via Varejo, que participou de uma conferência sobre varejo promovida pelo banco, destacou como a transformação contínua permitiu à empresa navegar durante a crise da Covid-19.
“Depois de uma capitalização bem-sucedida, a empresa conseguiu dobrar em sua agenda de transformação digital, implementando o vendedor online e a Ferramenta MeChamanoZap, que permitiu à empresa impulsionar o e-commerce para 80% das vendas”, diz trecho do relatório.
Na visão da dupla, para o próximo passo, a Via Varejo vai depender da digitalização do crédito ao consumidor, que tem sido o foco da Casas Bahia desde o início.
Mudanças à vista
De acordo com os analistas, do ponto de vista do investimento em ações, as empresas que abraçam a transformação digital e conseguem oferecer uma verdadeira experiência multicanal para os consumidores, devem ter um desempenho melhor.
“Estamos atualmente no meio de uma grande transformação na forma como os indivíduos se comportam em seus ambientes sociais e de trabalho e, consequentemente, na forma como eles consomem”, afirmam.
Próximos passos
Para os próximos trimestres, a Via Varejo vê espaço para melhora adicional da sua margem bruta, uma vez que amplia a eficiência operacional das vendas pelo comércio eletrônico e amplia escala com a retomada do ritmo nas lojas físicas.
“O ganho recente de margem operacional veio para ficar”, disse Fulcherberguer em teleconferência com analistas sobre os resultados do segundo trimestre. “Vamos perseguir mais ganho de margem.”
Ele descartou planos da Via Varejo de usar incentivos como cash back e outros para que possam corroer as margens da empresa.
Com informações do portal Money Times