Shein anuncia compra de marca inglesa de moda feminina Missguided

Empresa firmou uma joint venture com o fundador da Missguided para gerenciar e operar a marca

A varejista online Shein acaba de anunciar a compra da Missguided, uma marca de moda feminina inglesa que pertencia ao Frasers Group. A Shein também celebrou um acordo para licenciar a propriedade intelectual da marca inglesa para a Sumwon Studios, uma joint venture entre a empresa e o fundador da Missguided, Nitin Passi. A Missguided será gerenciada por meio da joint venture, e seus produtos e coleções serão fabricados por meio do modelo de produção sob demanda da Shein e vendidos nos sites da varejista online.

“A joint venture que firmamos inaugura um novo formato de parceria para a Shein, como parte do nosso compromisso inabalável de atender à demanda dos clientes”, disse Donald Tang, presidente-executivo da Shein, cuja sede fica em Cingapura. “A Shein pretende reacender a marca Missguided, capitalizando a personalidade única da sua marca e alimentando o seu crescimento global por meio do modelo de produção sob demanda da Shein, experiência incomparável em comércio eletrônico e alcance global.”

Os produtos e coleções Missguided serão disponibilizados aos 150 milhões de usuários globais da Shein como uma marca independente através dos sites das duas empresas.

Parcerias no Brasil

Em outubro, a Shein chegou a 336 fornecedores parceiros, seguindo sua estratégia de fechar acordo com 2 mil fabricantes locais até 2026 para atender o mercado brasileiro. Em maio, em resposta às críticas de concorrentes nacionais à importação de produtos sem pagamento do Imposto de Importação e ao plano depois abandonado pelo governo de taxar as remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50, a empresa fundada em 2012 pelo chinês Chris Xu assumiu o compromisso de comercializar artigos feitos no Brasil. A operação prevê investimento de R$ 750 milhões.

A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local.

Com essa estratégia, a empresa está transformando o Brasil em um dos seus três grandes centros de produção global, ao lado de China e Turquia. “Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O País tem um parque têxtil bom”, diz a diretora de produção local da Shein, Fabiana Magalhães. A Shein está em 150 países.

Remessa Conforme

Também em outubro, a Shein recebeu as primeiras encomendas importadas de acordo com o programa Remessa Conforme, da Receita Federal. O programa, que estabelece um tratamento aduaneiro mais rápido e econômico para as empresas, permite que elas fiquem isentas de Imposto de Importação no caso de encomendas de até US$ 50. Outros impostos, como os 17% do ICMS, são cobrados antecipadamente.

Um dos resultados da certificação é justamente permitir que a carga passe a ser fiscalizada em São Paulo, sem necessidade de transporte até Curitiba, onde ficam os maiores terminais alfandegários da Receita Federal, permitindo que objetos cheguem mais rápido para o cliente final.

Imagem: Shuttestock

Redação

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