Depois de dois anos consecutivos de queda nas transações de fusões e aquisições, o mercado de M&A deve fechar o ano com o volume de transações parecido com o de 2023, quando foram realizadas 1.499 operações. Segundo estimativa da Redirection International, com as perspectivas da economia brasileira e mundial para os próximos meses, 2025 deve ter um crescimento significativo nas atividades.
“Após o boom de negócios fechados em 2021, tivemos dois anos de redução no volume de deals e, por isso, havia uma grande expectativa do mercado para a retomada em 2024. Mas, apesar de termos alguns indicadores econômicos favoráveis como crescimento do PIB e o baixo índice de desemprego, este cenário não se confirmou”, explica o economista e sócio da Redirection International, Vinícius Oliveira.
Segundo um levantamento da Fusões & Aquisições, nos nove primeiros meses do ano foram registradas 1.096 transações, 0,5% a menos do que no mesmo período do ano passado. Por outro lado, houve um aumento de 21,6% nos valores transacionados no período, chegando a R$ 275,4 bilhões.
Os dados apontam ainda que a maior queda no volume de M&A foi no segmento de pequenas empresas (operações de até R$ 50 milhões), com 737 negócios fechados, 5% a menos do que no mesmo período de 2023. Já as operações de médio e grande portes (com valores acima de R$ 50 milhões) tiveram aumento de 10,1% e 22,6% respectivamente, com 359 operações concluídas entre janeiro e outubro.
“Os mega deals e o segmento de Middle-Market estão em um bom momento e têm movimentado alguns setores importantes da economia como os de mídia digital, educação premium, biotecnologia, consumo, alimentos e saneamento. Notamos um potencial sinal de recuperação no volume de transações nos últimos meses e estamos otimistas quanto ao cenário de M&A para 2025”, destaca Vinicius Oliveira.
Os setores que tiveram aumento nas transações de M&A nos nove primeiros meses de 2024 foram o imobiliário, petróleo e gás, shopping centers, publicidade e editoras, e tecnologia da informação (TI). Já as maiores quedas foram registradas nos setores de hospitais e análises clínicas (saúde), transportes, serviços empresariais, seguros, indústria química e farmacêutica.
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