Nesse episódio, vou trazer as ações de algumas grandes empresas que já estão no metaverso para que possamos sorver dessas informações para projetar o nosso 2023.
É isso mesmo, vamos aprender com a caminhada de quem já começou essa jornada para estruturar a nossa.
É fato sabido que o metaverso faz parte das listas de “to do’s”, dos times de RH, de marketing, de inovação, de GG e é um sonho dos times da área comercial, enfim, os mundos virtuais estão orbitando e pousando nas nossas mentes criativas e pressionando para virar prioridade nos budgets de 2023.
Sempre é bom relembrar o conceito básico de metaverso: é uma combinação de tecnologias como a realidade virtual e a aumentada, em um universo virtual que desmaterializa a vida real ou cria ambientes e mundos fictícios.
Algumas das empresas de vários setores, tamanhos e nacionalidades, que já estão garantindo o seu espaço no metaverso:
- Nike: Desde 2021, a Nike investe no metaverso. Criou a Nikeland, uma zona de jogos online no Roblox, onde os fãs podem criar um avatar de si mesmos. E não parou por aí, adquiriu uma empresa de colecionáveis digitais RTFKT Studios, para que os varejistas possam vender tênis virtuais para as pessoas utilizarem nos seus avatares.
- Gucci: Para estrear no mundo digital, fez uma parceria com a Roblox, possibilitando que os usuários comprem roupas virtuais da marca para seus avatares no jogo. Através de um aplicativo, a Gucci investiu em um testador de realidade aumentada (AR), para que os usuários possam experimentar looks. Se o cliente quiser experimentar um tênis, ele pode simplesmente apontar a câmera do telefone para os pés e visualizar o item.
- Hyundai: A montadora adquiriu a Boston Dynamics no ano passado, por US$ 1,1 bilhão, que é a criadora do robô Spot. O objetivo da montadora com essa aquisição é levar robôs para dentro (e fora) do metaverso, para que eles possam ajudar avatares e pessoas a realizarem comandos do metaverso para o mundo real. A empresa espera que o tempo, distância e espaço se tornem irrelevantes. Para isso, criou o conceito de “metamobilidade”.
- Boeing: O engenheiro-chefe da Boeing, Greg Hayslop, disse a à Reuters “Trata-se de aprimorar a engenharia. Estamos falando em mudar a maneira como trabalhamos em toda a empresa”. A fabricante de aeronaves pretende investir em design 3D, robótica e inovação imersiva para sua força de trabalho global. Destaca as operações de design, produção e serviços de aviação em um único ambiente digital como os principais motivos para esse investimento.
- Lojas Renner: A estreia das Lojas Renner no metaverso foi no Fortnite, com a inauguração de um ponto de venda dentro do jogo. Visando criar uma conexão e interagir com a sua audiência presente virtualmente, as Lojas Renner fizeram uma pesquisa com o público para escolher quais as estampas que iam sair do mundo digital para serem comercializadas no mundo real.
- Banco do Brasil: Já o Banco do Brasil se lançou virtualmente dentro do game GTA Roleplay. Nele, o jogador pode abrir uma conta bancária para o seu avatar e até mesmo dirigir um carro-forte pela cidade, com destino ao BB, ou passear pelas exposições no Egito Antigo, no Centro Cultural Banco do Brasil.
- TIM Brasil: A operadora de telefonia inaugurou em janeiro de 2022 um espaço virtual em uma loja física com o conceito da empresa. Nessa loja, os consumidores podem circular pelos corredores virtuais como se estivessem andando pelo estabelecimento. Caso haja intenção de compra, é direcionado para o site de vendas da TIM, adotando uma operação omnichannel.
O que podemos concluir é que não existe um padrão para entrar no metaverso, nem mesmo uma receita de bolo a ser seguida. Cada empresa precisará identificar o seu público, conhecê-lo em profundidade para poder montar a melhor estratégia de comunicação da marca com o cliente.
O game é a grande vitrine de atenção e de negócios em determinados perfis de públicos. Em outros, o game não é atrativo. Conhecer o público é crucial para escolher a melhor forma de se apresentar no metaverso.
A criatividade ganha asas no metaverso porque os ambientes podem ser cópias fiéis do mundo real ou podemos criar mundos fictícios. As empresas podem ousar e viajar para trazer a experiência mais impactante, encantadora e engajadora para os seus clientes.
Para fechar o artigo, trago a visão do Michael Pachter, analista da Wedbush Securities: “As marcas têm um incentivo para estar lá porque é onde as pessoas estão e querem segui-las”.
As empresas querem estar no metaverso e esse universo tem espaço para todas, da forma que quiserem se apresentar. Essa é uma grande oportunidade e, ao mesmo tempo, um grande desafio!
Vejo vocês no próximo episódio!
Patricia B. Bordignon Rodrigues é diretora de Marketing e Canais Benkyou.
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