Desistências de compras ainda são um problema no varejo online home center

Setor foi prejudicado nas cadeias de produção e busca melhorar resultados com investimentos em tecnologia

Dados coletados pela Logstore, startup que realiza a integração entre o varejo físico e digital, em sua base indicam que o segmento de home center, que inclui materiais de construção, tem uma taxa elevada de ruptura nas vendas online, processo em que o consumidor escolhe o produto, mas ele está em falta na gôndola.

Em uma amostra de 225 mil pedidos processados, a ocorrência de ruptura chegou a 19% na média, sendo que, desse valor, 11% desistem de concluir a compra e somente 8% aceitam substituir o produto.

Para Helson Santos, CEO da Logstore, a taxa é bastante alta para os padrões do mercado, e sua redução, especialmente, em datas próximas a eventos comerciais como a Black Friday, Copa do Mundo e Natal, tendem a ser um grande desafio para as empresas.

“A ruptura é um dos principais problemas das empresas varejistas. E a chegada de datas comerciais tão importantes para o setor reforçam a importância da atuação ativa das empresas na redução desses incidentes. O ideal é manter o índice em um valor constante e que não ultrapasse os 3%”, explica.

No caso do home center, o setor foi fortemente impactado por fatores externos, como problemas de manufatura e logística, o que acabou elevando os índices, sobretudo no início do ano.

“Alguns problemas na cadeia de suprimento afetaram o segmento, o que gerou alguns atrasos. A dificuldade de reabastecimento e manufatura por parte da indústria em razão da falta de matéria prima e outros insumos degradou a reposição de estoques nas empresas e, consequentemente, alguns produtos ficaram escassos em alguns períodos”, explica.

Apesar dos problemas ocasionados por fatores externos, como a pandemia, com a melhoria do cenário macroeconômico, o setor vem reduzindo esses índices. “É importante destacar que o processo de ruptura já foi bem maior e tem se estabilizado nos últimos meses. No início do ano, o setor teve taxas de ruptura próximas de 30%, por exemplo”, prossegue.

“A retomada na categoria de indústria contribuiu para que esse número fosse reduzido ao longo dos meses, mas é importante destacar que o investimento em tecnologia também vem auxiliando na redução dos processos de ruptura. A adoção de recursos para auxiliar na integração de canais de vendas, melhoria nos fluxos de gestão e processos contribuiu para uma maior eficiência nos processos de vendas e entrega de valor ao público final”, conclui.

Imagem: Shutterstock

Redação

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